15 desculpas da Sabesp para a falta d’água em São Paulo

    Água disponível em São Paulo é sempre uma incógnita, nem a Sabesp se entende sobre o problema

    O direito à água é reconhecido formalmente pela ONU, Organização das Nações Unidas, como um direito humano desde julho de 2010. Ele determina que esses serviços estejam disponíveis, que sejam financeiramente acessíveis, aceitáveis e de qualidade para todos os cidadãos. Em São Paulo não é bem assim. Água disponível é sempre uma incógnita e a alternativa, que seria um caminhão-pipa, não é nada acessível.

    Veja 15 desculpas da Sabesp para a falta d’água em São Paulo, elas foram publicadas nos jornais Folha de São Paulo e O Estado de S. Paulo, entre os meses de junho e outubro:

     

    Falta de água em São Paulo
    Represa de Jaguari que abastece o sistema Cantareira/ Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

    [dropcaps round=”no”]1[/dropcaps] A Sabesp nega que haja racionamento de água não declarado – 05/10 – Folha de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]2 [/dropcaps]Os casos de falta d’água são pontuais, devido a manobras técnicas na rede – 10/06 – Folha de São Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]3[/dropcaps] A redução da pressão pode acontecer em áreas da grande São Paulo, como forma de evitar vazamentos, faz parte de uma política da empresa, não é uma forma de racionamento – 26/07 – Folha de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]4[/dropcaps] A Sabesp informa que seus registros apontaram queda nas reclamações de falta d’água (-17,4%) maio e (6,14%) junho – 31/07 Folha de São Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]5[/dropcaps] A Sabesp diz que reduz a pressão a noite dentro das normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. – 01/08 – Folha de São Paulo

     

    [dropcaps round=”no”]6[/dropcaps] Em função da crise hídrica e do baixo nível do Sistema Cantareira, a Sabesp está adotando medidas emergenciais de gestão de consumo noturno, podendo acarretar eventuais momentos de redução da pressão na rede ou intermitências, especialmente nos pontos mais altos dos bairros e somente no período noturno. 05/09 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]7[/dropcaps] Os cortes ocorrem por problemas relacionados a obras, manutenção de tubulação, baixa pressão no sistema, faltas momentâneas de energia elétrica em estação de bombeamento, falhas no hidrômetro e até deficiências das redes internas de moradores. 11/09 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]8 [/dropcaps]Havia uma obstrução no cavalete que abastece o reservatório da escola – 11/09 – Folha de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]9[/dropcaps] Ressaltamos que a gestão da pressão é realizada apenas para reduzir perdas de água, de modo que o cliente mantém seu abastecimento através de utilização de reservação (caixa d’água). 23/09 – Folha de S. Paulo

     

    [dropcaps round=”no”]10[/dropcaps] Não há registros de ocorrência de falta d’água na central de atendimento para nenhum imóvel mencionado – 29/09 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]11[/dropcaps] Não há racionamento de água no estado de São Paulo. Todas as redes estão pressurizadas em tempo integral – 08/10 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]12[/dropcaps] A Sabesp não raciona, administra a disponibilidade de água – 08/10 – Folha de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]13[/dropcaps] Ocorreram manutenções emergenciais que afetaram o abastecimento – 15/10 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]14[/dropcaps] Acidente no fornecimento – 16/10 – O Estado de S. Paulo.

     

    [dropcaps round=”no”]15[/dropcaps] Altas temperaturas e a baixa umidade do ar, aliadas à redução na disponibilidade de água, provocaram um série de problemas de desabastecimento – 16/10 – O Estado de S. Paulo.

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