A mídia leva a população a associar redução da maioridade penal com mais segurança, diz juiz

    Para Corcioli, se a discussão na mídia for aprofundada, a população vai perceber a grande falácia que é reduzir a maioridade penal

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    No segundo vídeo da série “Sobre Crimes e Castigos”, o juiz Roberto Corcioli fala do papel da mídia no debate sobre a redução da maioridade penal. Corcioli argumenta que o modo como o tema é trabalhado na imprensa leva a população a associar a redução da maioridade com mais segurança:

    O resultado vai ser ruim para a sociedade, quanto mais você criminalizar, e mais jovem, pior, porque o sujeito vai sair com esse rótulo de criminoso. Será que se a população tomasse consciência disso, ela continuaria sendo a favor da redução?

    Nesta semana, Ponte Jornalismo publica até sexta-feira, a série de vídeos “Sobre Crimes e Castigos”, um projeto documental que apresenta diversos pontos de vista sobre as contradições da proposta de redução da maioridade penal em pauta no Congresso Nacional.

     

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    Serão 10 entrevistas com estudiosos da criminalidade e operadores do direito (defensores, promotores, policiais, juízes, secretários de segurança pública, parlamentares) que, de dentro da máquina do Estado, tentam fazer ecoar uma voz alternativa às medidas punitivas predominantes.

    O primeiro, publicado na manhã deste segunda, foi com o antropólogo Luiz Eduardo Soares.

    O projeto “Sobre Crimes e Castigos” é de autoria de Marina Lima, roteirista, e de Vini Andrade, filósofo e cineasta.

    Quem faz:

    MARINA LIMA (roteiro e direção) é roteirista graduada em direito e comunicação social. Há anos, sonha com o dia em que as leis do Brasil democrático sairão do papel.

    VINI ANDRADE (roteiro e direção), filósofo de formação, investiga os motivos e os efeitos do ‘castigo’ no espectro do convívio em sociedade desde a graduação.

    CAIO PALAZZO (fotografia e som) é fotógrafo e comunicador na ponte.org, onde investiga temas relativos à segurança pública.

    FERNANDA LIGABUE (fotografia e som) é fotógrafa, videomaker e midiativista.

    FELIPE CARRELLI (edição) é editor e cineasta. Dirigiu o documentário “Ano Luz” (2015).

    LUÍZA FAGÁ (edição) é escritora, jornalista e cineasta. Dirigiu o documentário “Engarrrafados” (2009).

    AMANDA JUSTINIANO (design gráfico) é artista gráfica, designer e idealizadora do Movimento Não Mate.

     

    Mais sobre o projeto

    Sobre Crimes e Castigos

     

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