PM suspeito de matar 4 jovens em Carapicuíba é solto

    O policial Douglas Gomes Medeiros, apontado como o principal suspeito do atentado, foi solto após o MP arquivar o processo por falta de provas

    Da esquerda para a direita, José (Cleiton), Douglas, Carlos e Matheus

    A Justiça de São Paulo soltou um dos quatro PMs (policiais militares) suspeitos de participarem da chacina que deixou quatro jovens mortos na frente da pizzaria que eles trabalhavam em Carapicuíba, na Grande São Paulo, na madrugada de 19 de setembro de 2015. O policial Douglas Gomes Medeiros foi solto após o MP (Ministério Público) arquivar o processo, sob a alegação de que não haviam provas suficientes para manter o PM preso.

    Medeiros era apontado como o principal suspeito dos ataques contra os jovens. Ele teria agido por motivo de vingança. A mulher do PM foi roubada dias antes da chacina. E a bolsa dela foi encontrada na casa de uma das vítimas. Além dele, outros três policiais foram presos suspeitos de terem participação no atentado.

    Matheus Morais dos Santos, de 16 anos, seu irmão, Douglas Bastos Vieira, também de 16, e seus vizinhos Carlos Eduardo Montilia de Souza, 18, e José Carlos Costa do Nascimento (conhecido como Cleiton), 17, foram executados na rua Rodamis Creti, altura do número 185. Uma outra pessoa foi baleada, mas conseguiu fugir do atentado correndo.

    De acordo com o Boletim de Ocorrências do caso, os policiais que foram acionados para a ocorrência conseguiram encontrar o sobrevivente do ataque em ruas próximas do crime. A vítima afirmou que eram quatro atiradores. Todos eles, pardos, estavam armados e sem capuz. Os disparos começaram após uma breve discussão. Dezenas de cápsulas deflagradas de calibre 380, além de alguns projéteis, foram encontrados e encaminhados ao IC (Instituto de Criminalística).

    Com dois dos jovens, foram encontradas duas motos. Isso porque eles trabalhavam como entregadores de uma pizzaria. A PM (Polícia Militar) afirmou que eles foram alvejados por volta da 0h20, na frente do local de trabalho, quando conversavam depois de uma noite de trabalho. Os dados do Copom, da Polícia Militar, apontam que o chamado via telefone 190 ocorreu à 0h30 deste sábado. À 0h49, homens do Corpo de Bombeiros chegaram ao local. E o encerramento da chamada só ocorreu às 7h.

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