Protesto relembra um ano da chacina que deixou 4 jovens mortos em Carapicuíba (SP)

    Adolescentes de 16, 17 e 18 anos foram executados na frente de uma pizzaria na madrugada entre 18 e 19 de setembro de 2015. Amigos da escola gravam vídeo homenageando as vítimas

    Da esquerda para a direita, José (Cleiton), Douglas, Carlos e Matheus
    Da esquerda para a direita, José (Cleiton), Douglas, Carlos e Matheus

    Matheus Morais dos Santos, de 16 anos, seu irmão, Douglas Bastos Vieira, também de 16, e seus vizinhos Carlos Eduardo Montilia de Souza, 18, e José Carlos Costa do Nascimento (conhecido como Cleiton), 17, foram executados na rua Rodamis Creti, altura do número 185, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, no dia 18 de setembro de 2015.

    Um ato, organizado por familiares e amigos das vítimas, que estavam conversando na frente de uma pizzaria, onde dois dos jovens trabalhavam como motoboy, vai relembrar o crime, no próximo dia 18, às 18h, quando completa um ano, no calçadão de Carapicuíba. Um vídeo, feito pelos colegas de escola dos adolescentes, presta homenagem aos jovens e chama todos para o ato.

    De acordo com o Boletim de Ocorrências do caso, à época, os policiais que foram acionados para a ocorrência conseguiram encontrar o sobrevivente do ataque em ruas próximas do crime. A pessoa saiu correndo e conseguiu sobreviver. A vítima afirmou que eram quatro atiradores. Todos eles, pardos, estavam armados e sem capuz. Os disparos começaram após uma breve discussão. Foram deflagradas dezenas de cápsulas calibre 380.

    Com dois dos jovens, foram encontradas duas motos, que eles utilizavam para trabalhar. A PM (Polícia Militar) afirmou que eles foram alvejados por volta da 0h20, na frente do local de trabalho, quando conversavam depois de uma noite de trabalho. Os dados do Copom, da Polícia Militar, apontam que o chamado via telefone 190 ocorreu à 0h30 deste sábado. À 0h49, homens do Corpo de Bombeiros chegaram ao local. E o encerramento da chamada só ocorreu às 7h.

    Ao todo, quatro PMs foram presos pela chacina. O policial Douglas Gomes Medeiros foi solto após o MP (Ministério Público) arquivar o processo, sob a alegação de que não haviam provas suficientes para manter o PM preso. Outros três haviam sido detidos temporariamente pelo TJM (Tribunal de Justiça Militar), mas o órgão não forneceu suas identidades e patentes.

    Douglas Gomes Medeiros era apontado como o principal suspeito dos ataques contra os jovens. Ele teria agido por motivo de vingança. A mulher do PM foi roubada dias antes da chacina. E a bolsa dela foi encontrada na casa de uma das vítimas.

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