Tarde de sol, rua fechada e brinquedos: o Dia das Crianças na periferia de SP

    Evento foi organizado por moradores do Grajaú, zona sul de São Paulo, que fazem parte do time de várzea Veneza F.C.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    O dia 12 de outubro foi repleto de brincadeiras, lanches e bebidas para as crianças do Jardim Itajaí, região do Grajaú, zona sul de São Paulo, que aproveitaram a tarde ensolarada na quebrada.

    Evento organizado pelo time de futebol de várzea Veneza F.C. fechou uma das ruas do bairro, que fica na periferia paulistana, para centenas de crianças brincarem com cama-elástica, pula-pula, piscina de bolinha e outros brinquedos para crianças menores.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    Além das brincadeiras, lanche, refrigerante, algodão doce e açaí foram distribuídos, gratuitamente, para as crianças.

    “A gente arrecada o que pode com o pessoal do time, mas nós não pegamos dinheiro de ninguém. Cada um contribui com o que pode para as crianças do time e do bairro todo aproveitar o dia para brincar sem gastar nada”, explica Renato Costa, 40 anos, membro da diretoria do Veneza.

    O evento começou às 10h e os brinquedos começaram a ser desmontados às 16h.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    Guilherme, 12 anos, chegou no início da tarde e nas duas primeiras horas não foi em nenhum brinquedo. Envergonhado, ele tentou explicar que não queria pegar fila para brincar. Mas um amigo dele entregou rapidamente o motivo: “mentira, ele tem medo de quebrar”. Os outros amigos não perderam a oportunidade e começaram a debochar.

    Minutos depois, ele mesmo se entregou, quando achou que o pula-pula pudesse estar com algum defeito: “tá vendo, por isso que não vou”.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    Já Pedro, 6 anos, não pensou duas vezes para falar que “tá muito legal”, enquanto esperava na fila para brincar outra vez.

    Demorou cerca de 30 minutos para o medo de Guilherme passar e ele começar a pular no brinquedo.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    Apesar do medo que alguns tiveram, os brinquedos aguentaram perfeitamente e não tiveram nenhum problema. No final, até adultos pularam.

    A diversão, no entanto, não ficou só para as crianças que usufruíram dos brinquedos. Micaele, 13 anos, acha que não tem mais idade para brincar no pula-pula, mas afirmou que “tava legal ficar andando aqui, fazendo outras coisas”.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    Além das brincadeiras, lanches e bebidas, os organizadores ainda distribuíram 500 kits com doces, 200 spiners e 80 pipas.

    De acordo com Renato, a ideia do time é promover o mesmo evento outras vezes. “Nos próximos anos vai ser ainda maior, vamos ter mais coisas e ocupar mais espaço”.

    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

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