No meio do ano, número de PMs mortos no Rio já é maior do que em 2016

    Somente em 2017, 89 policiais militares foram assassinados, 12 a mais do que o total registrado em todo o ano passado

    Policiais militares desfilam em carro da corporação no pátio do Batalhão de Choque, em outubro de 2016. Foto: Luiza Sansão/Ponte Jornalismo

    O número de policiais militares mortos na primeira metade deste ano no estado do Rio de Janeiro já ultrapassa o total do ano passado. De 1º de janeiro até esta quinta-feira (20/07), o estado contabiliza 89 mortes de PMs, 12 a mais do que o total de 77 registradas em 2016, de acordo com a PMERJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro). Entre os que perderam a vida este ano, 19 estavam em serviço, 53 em folga e 17 eram reformados. No mesmo período, segundo a Polícia Civil, dois policiais foram mortos.

    O último caso ocorreu há apenas quatro dias, quando o cabo Cleber de Castro Xavier, de 28 anos, do 20º BPM (Mesquita), foi morto em sua folga ao reagir a um assalto no Grajaú, Zona Norte do Rio, no último sábado (15/07).
    Cabo Cleber de Castro Xavier, de 28 anos, morto no último sábado (20/07). | Foto: Reprodução/Facebook
    No mês passado, o também cabo Everton Bispo, de 36 anos, foi morto em uma padaria em Nilópolis, região metropolitana do Rio, durante um assalto, no dia 17 de junho.
    Cabo Everton Bispo, de 36 anos, morto em 20/06. | Foto: Reprodução/Facebook
    Questionada sobre o elevado número de homicídios de policiais, a Seseg (Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro) afirmou, em nota, que desde o início da atual gestão, que tem à frente o ex-delegado da Polícia Civil Roberto Sá desde outubro do ano passado, há rigor na apuração dos casos de homicídios de policiais civis e militares. “O secretário exigiu a intensificação das medidas de proteção aos agentes como a Operação Deslocamento Seguro, que aumentou o policiamento nos locais e horários com maior incidência destes crimes, bem como uma resposta estatal firme, imediata e estruturada por meio das polícias Civil e Militar”, diz a nota.

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