Polícia identifica segundo suspeito de ter sequestrado e matado Guilherme

    Polícia Civil aponta vigia de terreno contratado por Adriano Campos como possível parceiro do PM no crime ocorrido na zona sul de SP

    Guilherme Guedes estava na frente de casa quando foi sequestrado | Foto: Arthur Stabile/Ponte Jornalismo

    A Polícia Civil do Estado de São Paulo identificou um segundo suspeito de ter participado do sequestro e morte do adolescente Guilherme Guedes, 15 anos, no domingo (14/6). Depois de ter prendido o PM Adriano Fernandes de Campos, o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) considera que um empregado do policial teria auxiliado no crime. Embora já identificado, ele ainda não se apresentou e, portanto, está sendo procurado pela polícia.

    Imagens de câmera de segurança mostram dois homens na viela ao lado da casa em que Guilherme morava. Ele estava em frente ao local por volta de 2h, quando foi sequestrado.

    Homem que aparece no vídeo seria Adriano Campos, segundo investigação do DHPP | Foto: reprodução

    Um desses homens seria Adriano, de acordo com o delegado Fábio Pinheiro, responsável pela investigação. O segundo seria um homem identificado apenas como Fábio, o vigia de um terreno de propriedade da Globalsan. A defesa do policial nega sua participação do crime.

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    À Ponte, Pinheiro confirmou que Fábio é suspeito de ter auxiliado Adriano no crime. O policial civil, no entanto, não deu a identidade completa de Fábio e nem detalhes sobre a sua atuação. De acordo com a investigação, uma chamada para registrar a tentativa de furto foi feita de um celular que está no nome do Adriano, mas que de identificou na ligação foi justamente Fábio. A invasão do local teria sido a motivação para o assassinato de Guilherme.

    O homem trabalharia como porteiro contratado por Adriano através de sua empresa que seria de zeladoria, mas presta irregularmente o serviço de segurança particular, já que em seu registro, conforme revelado pela Ponte, estão as atividades de zeladoria e limpeza.

    Adriano ainda não foi ouvido pelo DHPP, o que deve acontecer na próxima semana. Hoje o departamento apreendeu um veículo do policial, um Volkswagen Fox, de cor prata.

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    Segundo o Ministério Público, um veículo do mesmo modelo, mas de cor preta, teria sido usado na Avenida Cupecê no dia do crime. O veículo está registrado no nome do filho de Adriano.

    O proprietário do terreno em que atua a empresa terceirizada contratada pela Sabesp, Oswaldo Marchetti, explicou à Ponte que houve uma tentativa de invasão ao local na noite de sábado (13/6).

    Segundo o homem, um vigia evitou a entrada, mas não estava no local quando outros trabalhadores chegaram na manhã seguinte. Foi quando, segundo ele, moradores estiveram no local para tirar satisfação pelo desaparecimento de Guilherme.

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