PonteCast | A liberação de porte de arma para jornalista e o Dia das Mães

    No episódio 13, o decreto assinado por Bolsonaro que amplia o porte de armas, o jovem que a PM matou na zona leste de SP e a resistência de mães que lutam por memória e justiça diante da perda dos filhos

    Imagine a cena: você é um jornalista e agora, além do gravador, da caneta, do bloco de anotações, ou da máquina fotográfica, vai poder andar com uma arma. É isso que o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) propõe: a inclusão de outras categorias na permissão do porte de armas no Brasil. Em fevereiro, ele já havia flexibilizado a posse de armas.

    No episódio 13, Paloma Vasconcelos, Maria Teresa Cruz, Fausto Salvadori e Daniel Arroyo debatem sobre o decreto, o que pode mudar, os riscos envolvidos e, o principal: havia real necessidade disso?

    Além disso, falaremos sobre a morte de Rafael Aparecido de Souza, 23 anos, jovem moradora da zona leste de São Paulo, que no domingo (5/5) foi morto pela Polícia Militar. A versão dos policiais é que, ao ver o irmão mais novo sendo abordado, teria tentado tirar a arma da mão do agente, que em resposta brusca, acabou acionando o gatilho e houve o disparo acidental. O irmão mais velho de Rafael, no entanto, que viu a cena desmente a versão: a vítima estava muito longe e foi atingido a distância.

    Paloma traz também detalhes do adiamento o júri dos cinco acusados de tirarem a vida de Laura Vermont, mulher transexual espancada e assassinada em 2015, e Maria Teresa conta um pouco do novo livro das Mães de Maio: “Memorial dos nossos filhos vivos – as vítimas invisíveis da democracia”, uma coletânea de depoimentos de mulheres sobre os filhos que foram mortos pela violência de Estado. A organização é de Débora Maria da Silva, a fundadora do movimento Mães de Maio, que surgiu após os Crimes de Maio de 2006, quando o revide  das forças de segurança aos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) deixou mais de 500 mortos.

    No dia das Mães nosso parabéns vai para essas guerreiras que lutam pela memória dos filhos mortos pela violência de Estado. Na foto, passeata realizada em 2015 pelo Movimento Mães de Maio, que lança agora seu segundo livro | Foto: reprodução Facebook

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