PonteCast | Recorde de mortes e o encarceramento como lucro

    Episódio 17 do PonteCast traz os números do mais recente Atlas da Violência, destacando cada vez mais mortes de negros, mulheres e LGBTs, além da proposta de privatização do sistema penitenciário de São Paulo

    Homem usa camisa em protesto pelo assassinato do músico negro Evaldo Rosa, com 80 tiros disparados pelo Exército | Foto: Rosa Caldeira/Ponte Jornalismo

    Negros são os principais alvos dos 65.602 assassinatos ocorridos no Brasil em 2017. Deste total, 75% eram negros. É o mesmo que dizer que a cada quatro pessoas mortas, três são negros. O número é destaque do Atlas da Violência e um dos destaques do PonteCast de número 17, com os repórteres Arthur Stabile e Paloma Vasconcelos.

    Assim como os negros, as mulheres e população LGBT+ são cada vez mais alvos dos homicídios ocorridos no país. Enquanto a violência contra a mulher cresce dentro de casa, com caráter de feminicídio, os LGBT+ estão pela primeira vez incluídos no levantamento, com números de mortes quase triplicando de um ano para o outro.

    Neste episódio, a dupla ainda retrata as propostas de privatizações de presídios em São Paulo e no Rio de Janeiro. O modelo similar ao que pretende ser posto em prática nestes estados se assemelha ao de presídios no Amazonas, onde 111 presos morreram em dois massacres, um em janeiro de 2019, outro em maio passado. O entendimento de especialistas é de que, além de não resolver o problema das condições precárias das unidades prisionais, levar o gerenciamento para empresas privadas torna o encarceramento lucrativo.

    Paloma e Arthur também comentam de novidade sobre o massacre em uma escola em Suzano, com 10 pessoas mortas; as condolências prestadas pelo presidente da república Jair Bolsonaro (PSL) ao MC Reaça, que agrediu uma mulher e depois cometeu suicídio; e uma entrevista com a deputada estadual do Rio de Janeiro Renata Souza.

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