Prioridades na educação: quais são as da Polícia Militar?

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    A Polícia Militar do Estado de São Paulo emitiu uma nota em que considera ofensivo à corporação um cartaz feito por alunos da Escola Estadual Aggêo Pereira do Amaral, de Sorocaba/SP.
    O cartaz foi produzido para um trabalho escolar e acabou sendo compartilhado nas redes sociais.
    Além da nota, a PM ainda mandou representantes à escola com o pedido de que a exposição fosse retirada.
    Segundo reportagem de José Maria Tomazela publicada hoje no site do Estadão, a PM põe em dúvida o trabalho do professor Valdir Volpato pela existência de um erro de concordância no cartaz e ainda questiona sua atitude dizendo que ele agiu, segundo a nota, “de forma discriminatória, propagando e incutindo o discurso do ódio em desfavor de profissionais da segurança”. A Polícia Militar ainda acusa o professor de “estimular trabalhos apenas com pesquisas em internet, matérias jornalísticas e material de criação confeccionado por pessoas parciais”, o que, segundo a nota emitida pela corporação, “está longe de ser uma metodologia aceitável”.
    Segundo a diretora da escola, Regina Viana, que defendeu o trabalho escolar e manteve a exposição, os alunos fizeram a pesquisa baseada no livro “Vigiar e punir”, de Michael Foucault, e em textos jornalísticos publicados na mídia impressa e na internet.
    O que penso do assunto: se a Polícia Militar está tão preocupada com a educação e o crescimento sadio dos nossos jovens cidadãos, deveria parar com ações intimidatórias em portas de escolas e trabalhar mais para evitar a ação recorrente de maus policiais que forjam ocorrências e executam negros e pobres à luz do dia sem constrangimento algum.

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