Servidores públicos municipais de SP são agredidos por PM e GCM

Trabalhadores fazem manifestação contra reforma da previdência proposta pelo prefeito Ricardo Nunes

PM cerca entorno da Câmara de Vereadores de São Paulo | Foto: Amauri Gonzo / Ponte Jornalismo

A Polícia Militar de São Paulo e Guarda Civil Metropolitana ocuparam a entrada principal da Câmara de Vereadores de São Paulo a base de muita truculência e repressão. Na tarde desta quarta-feira, servidores municipais fizeram um protesto em frente a casa legislativa contra a reforma da previdência municipal, enviada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), para ser votada no plenário hoje.

O uso da força pelos agentes de segurança, com tiros de bala de borracha e bombas de efeito moral, fez com que uma servidora sofresse uma fratura na perna e fosse socorrida por companheiros na via pública. “Trabalhadores do Samu que também estão na manifestação que tiveram que fazer o socorro a essa servidora”, explicou Alexandre Linares, do Sindsesp.

Em nota, A Prefeitura de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, informou que a Guarda Civil Metropolitana está atuando com reforços no entorno da Câmara Municipal, visando garantir a segurança do local, dos manifestantes e servidores do legislativo municipal. De acordo com o executivo municipal, agentes sofreram investidas dos manifestantes, que buscavam adentrar o prédio.

Os servidores municipais estão, pelo menos, desde a semana passada acampados diante do Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, em protesto contra a nova proposta de reforma da previdência municipal do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o Sampaprev 2. Hoje, quando o projeto ia ser votado, um protesto atraiu milhares de pessoas. No final da tarde, policiais militares jogaram bombas nos manifestantes.

“Hoje foi o dia que veio mais gente. Acredito que tinha umas 70 mil pessoas aqui. Um pequeno grupo tentou entrar na Câmara e foi nesse momento que a GCM começou a nos atacar, enquanto a Polícia Militar ficou fazendo a proteção do prédio”, afirma Alexandre.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo diz que a Polícia Militar acompanha um ato, que teve início na tarde desta quarta-feira (10/10), no centro da Capital. A nota informa também que até o momento, não há registro de detidos.

Os manifestantes que foram as ruas do centro de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, são contra mudanças como a redução do teto de aposentadoria de R$ 6.400 para R$ R$ 1.100, aumento de sete anos de contribuição para ter direito a aposentadoria e a criação de um novo fundo de previdência que entregaria os recursos dos servidores para serem administrados por bancos privados. “O que está sendo colocado em jogo é um verdadeiro confisco da aposentadoria dos trabalhadores”, reclama Linares.

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