Grávida tem contrações após ser agredida por PM em Rondônia

    Mulher discutia com policial, que a puxou pelo cabelo e jogou no chão, onde ela começou a ter contrações e recebeu ajuda de outras mulheres; Estado afastou PMs

    Uma mulher grávida discutia com um policial militar em Porto Velho, em Rondônia. Junto de uma criança de colo, ela tem os cabelos puxados e é empurrada pelo PM, em seguida, ela começa ter contrações no meio da rua. Vídeos flagraram o momento das agressões do representante do estado, chefiado pelo governador Daniel Pereira (PSB).

    Moradores do bairro onde a discussão aconteceram flagraram o momento das agressões do PM e filmaram a ação. A revolta começa quando o homem, representante oficial do estado, pega a mulher pelos cabelos. “Policial agrediu a mulher. Ele vai embora. Filmou?”, dizem pessoas que registraram o momento da violência.

    Depois de lança-la no chão, o policial aparenta dizer coisas para ela e, em seguida, ordena ao parceiro que entre na viatura. Logo que a mulher cai e começa a ter as contrações, ele e seu parceiro saem com o veículo, mas voltam instantes depois em meio aos gritos de socorro das pessoas.

    Nas imagens, os moradores registram que os policiais ainda tentaram imobilizar a mulher com um golpe antes de um dos homens pegá-la pelos cabelos. “Vai voltar o policial, está fodido. Está fodido”, fala a pessoa que filma o vídeo, já vendo a revolta das pessoas ao redor e o desespero de duas três mulheres que cercam a grávida, já em trabalho de parto.

    A Ponte questionou a Sesdec (Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania) de Rondônia sobre as agressões dos PMs. Segundo a pasta, a “os policiais militares foram afastados de suas atuações nas ruas, por meio do 9° batalhão PM, onde foi aberto inquérito policial e em até 30 dias o batalhão deve enviar o inquérito ao Ministério Público”, aponta. Ainda explicou que a mulher foi “levada ao hospital, não entrou em trabalho de parto e passa bem”, continua a nota.

    * ERRATA: Inicialmente a reportagem afirmava que a mulher deu a luz após ser agredida pelos PMs, informação corrigida ao recebermos a notícia de que o bebê ainda não nasceu.

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