A invasão da Maré

    Em 15 minutos, cerca de mil policiais militares e soldados do exército invadiram no dia 30 de março deste ano, o complexo da Maré, um agrupamento de 16 comunidades, na zona norte do Rio de Janeiro, onde vivem 130 mil moradores. Foi a 39a. UPP – Unidade de Polícia Pacificadora instalada na capital fluminense, pelo governo do Estado, desde o início do programa em 2008.

    Na madrugada do segundo dia de ocupação, o fotógrafo Tércio Teixeira, do Coletivo R.U.A, chegou ao complexo.

    “O clima estava bem estranho. Resolvi andar em direção ao Parque União, que fica a uns 300 metros”, conta. A primeira cena com a qual ele se deparou, que não necessariamente estava relacionada com a ocupação, foi com a de um homem atropelado no meio da avenida Brasil. “Ele estava na frente de uma unidade da polícia, mas o policial de plantão nem levantou da cadeira para ver o que estava acontecendo”.

    Foi assim o início da jornada de Teixeira pelo Complexo da Maré, cujos registros estão no ensaio fotográfico a seguir.

    [Best_Wordpress_Gallery gallery_type=”slideshow” theme_id=”1″ gallery_id=”1″ sort_by=”order” order_by=”asc” slideshow_effect=”fade” slideshow_interval=”5″ slideshow_width=”800″ slideshow_height=”500″ enable_slideshow_autoplay=”0″ enable_slideshow_shuffle=”0″ enable_slideshow_ctrl=”1″ enable_slideshow_filmstrip=”1″ slideshow_filmstrip_height=”70″ slideshow_enable_title=”0″ slideshow_title_position=”top-right” slideshow_enable_description=”0″ slideshow_description_position=”bottom-right” enable_slideshow_music=”0″ slideshow_music_url=”” watermark_type=”none” watermark_link=”http://web-dorado.com”]

    Já que Tamo junto até aqui…

    Que tal entrar de vez para o time da Ponte? Você sabe que o nosso trabalho incomoda muita gente. Não por acaso, somos vítimas constantes de ataques, que já até colocaram o nosso site fora do ar. Justamente por isso nunca fez tanto sentido pedir ajuda para quem tá junto, pra quem defende a Ponte e a luta por justiça: você.

    Com o Tamo Junto, você ajuda a manter a Ponte de pé com uma contribuição mensal ou anual. Também passa a participar ativamente do dia a dia do jornal, com acesso aos bastidores da nossa redação e matérias como a que você acabou de ler. Acesse: ponte.colabore.com/tamojunto.

    Todo jornalismo tem um lado. Ajude quem está do seu.

    Ajude
    1 Comentário
    Mais antigo
    Mais recente Mais votado
    Inline Feedbacks
    Ver todos os comentários
    Lídia
    Lídia
    9 anos atrás

    Declaram guerra aos favelados.Digo isso todos os dias quando acordo.É horrível morar em um local militarizado.Onde está o Estado Democrático de Direito?Ele nunca foi vigente aqui na favela.Enquanto todos gritam gol,sofremos abusos dos militares. Terrível a sensação de acordar para ir trabalhar e ter um fuzil apontado para sua cabeça.Isto não é fala de quem sente falta do tráfico.Como dizem algumas pessoas que não compreendem a realidade da Maré.Isso é uma fala de uma cidadã que anseia por liberdade.Não quero que as crianças cresçam sob um ditadura militar maquiada sob nome “ocupação militar”.Rasgam a carta constitucional todos os dias.O artigo Quinto na CF de 1988,aquele que reza sobre os direitos sociais,simplesmente é neglicenciado na Maré.A nossa cultura está sendo silenciada pelos poder repressor do Estado,que alega que tudo é associação ao tráfico.Até quando o Estado vai nos tratar como criminosos?Até quando morar na favela será crime.Será que é difícil o Estado entender que exitem cidadãos aqui? #mareresiste

    mais lidas