Violência sexual, castigos físicos e preconceito na Faculdade de Medicina da USP

    Na série de reportagens que tem início nesta terça-feira (11/11), a Ponte aborda denúncias de violações ocorridas numa das faculdades mais respeitadas do país. Abusos são sistemáticos e naturalizados
    Fachada da Faculdade de Medicina da USP | Foto: Divulgação

    Muitas das garotas têm menos de 20 anos. A maior parte delas é branca, de família de classe A ou B. Estão felizes por realizar um sonho. Apreensivas pelos desafios que enfrentarão nos anos seguintes. Assustadas com o novo ambiente e os rostos desconhecidos.

    São reunidas em círculo. Em volta, outro círculo, de garotos igualmente brancos, igualmente nascidos em famílias ricas ou de classe média alta. Mas são mais velhos. Intimidadores. Ordenam que todas gritem “bu”. Elas obedecem:

    – Bu! Bu! Bu! Bu! Bu! Bu!

    Um coro alto de vozes masculinas, a dos garotos em volta das garotas, abafa as vozes femininas e ressoa pelo ambiente:

    – Buceta! Buceta! Buceta eu como a seco! No cu eu passo cuspe! Medicina é só na USP!

    É assim que calouras da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) são recepcionadas em seu primeiro dia dessa nova fase da vida. Todos os anos. É uma das muitas tradições da faculdade de ciências médicas considerada a melhor do país. “De elite.” Para as mulheres, no entanto, grande parte dessas tradições se traduz em opressão permanente, que traz como consequência extrema casos graves de abusos sexuais, incluindo estupros, no interior do ambiente universitário. Casos sobre os quais recai um pesado manto de silêncio que impede que se tome providências a respeito. É fundamental que se preserve o bom nome da instituição.

    Ou melhor: das instituições, no plural. Pois a FMUSP abriga entidades tão tradicionais que elas próprias parecem ser autossuficientes. É o caso da Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz (AAAOC), ou simplesmente Atlética, e do Show Medicina, que reúne alunos para uma apresentação teatral anual e que recentemente virou notícia quando estudantes que dele fazem parte pintaram um anúncio de sua 72ª edição sobre um grafite na avenida Rebouças, em São Paulo.

    Violências sexuais, trotes violentos, castigos físicos, humilhações, machismo, racismo e discriminação social. A Ponte reuniu inúmeras denúncias de violações sistemáticas aos direitos humanos ocorridas nessas instituições, quando não incentivadas ou promovidas por elas. Comumente varridos para debaixo do tapete, tais abusos passam atualmente por uma inédita publicização, fruto da luta das vítimas e de coletivos de direitos humanos da faculdade. Tanto que hoje são alvos de investigação por parte do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e objetos de uma histórica comissão interna formada por professores com o objetivo de apurá-los. As denúncias também chegaram à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), que realizará uma audiência pública sobre o tema nesta terça, 11/11.

    Com esta reportagem, a Ponte dá início a uma série especial sobre o assunto. Tradição, hierarquia, segredo, ritualismo, elitismo, regras rígidas e punições são as palavras-chave. Os relatos são impactantes.

    Leia também:

    ‘Há na FMUSP uma cultura de repressão das minorias, de discriminação e violência sexual’, diz promotora de Justiça
    Centro Acadêmico diz que deu suporte à vítima de abuso em cervejada.  A estudante nega

    Abusos sexuais: a naturalização

    Na segunda-feira à tarde da semana de recepção aos calouros, acontece o primeiro evento do ano no clube da Atlética, no bairro paulistano de Pinheiros. É a “Espumada”. Os estudantes de Medicina festejam com churrasco e bebidas o início do novo semestre. Numa quadra poliesportiva, é formada uma espécie de piscina cheia de espuma, que chega a cobrir a cabeça dos presentes. Garotas e garotos que lá entram mal veem um ao outro. Mas são elas as mais vulneráveis. Mãos masculinas anônimas apalpam tudo que encontram pela frente: seios, bundas, vaginas. “A caloura não sabe como é a festa. Qualquer menina que entra na espuma perde o controle sobre o corpo. É mão de todo lado, sem você saber quem é. O menino te agarra, te beija. E se você tenta fazer algo, a resposta é que se você está na espuma é porque quer, está lá para isso. Rola uma pressão. Se está lá é porque está topando qualquer negócio”, relata uma das alunas, que não quis se identificar. “Os veteranos abusam do poder que têm sobre as meninas, que estão vulneráveis, não sabem o que está acontecendo. Muitas ficam bêbadas. Abusam mesmo delas.”

    “Muitos veteranos usam o fato de você estar numa situação vulnerável e forçam o beijo, o sexo. Às vezes a menina está desmaiada e ele tira a roupa dela.”

    Segundo a estudante Marina Pikman, do coletivo feminista Geni, formado no final de 2013 dentro da FMUSP, é comum que as alunas reclamem do constrangimento a que são submetidas logo quando chegam à faculdade. “Há muita ênfase na hierarquia, em tirar a identidade do calouro, falar: ‘você não sabe de nada, esquece toda a sua vida pregressa que e a gente vai te ensinar’. Com as mulheres, isso acontece de forma machista, os veteranos acham que têm livre acesso às calouras”, diz.

    Ana Luísa Cunha, também integrante do Geni, lembra que quando o grupo foi fundado começaram a chegar vários relatos de abusos sofridos na semana de recepção. “Você chega e não sabe o que vai acontecer. Quer se enturmar, está na euforia e os caras se aproveitam, muitos veteranos usam o fato de você estar numa situação vulnerável e forçam o beijo, o sexo. Às vezes a menina está desmaiada e ele tira a roupa dela”, conta.

    Mas os casos de abusos não ocorrem apenas na primeira semana ou na “Espumada”. Há relatos de violências sexuais em outras festas, tanto promovidas pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc), como as cervejadas, quanto pela mesma Atlética, a exemplo das tradicionalíssimas “Carecas no Bosque” e “Fantasias no Bosque”, realizadas uma em cada semestre. De acordo com o Geni, são pelo menos 8 casos de assédios graves nos últimos 3 anos. Marina avalia, no entanto, que esse é um número bem menor do que a realidade, já que muitas estudantes não denunciam as violências sofridas por vergonha e medo de serem hostilizadas.

    Cartaz de festa da FMUSP

    Das festas que acontecem na FMUSP, a “Carecas no Bosque” e a “Fantasias no Bosque” são as que criam o ambiente mais “propício” para abusos. A começar pelos cartazes de divulgação, quase sempre com destaque a mulheres cheias de curvas, trajes mínimos e olhares provocantes. Os preços dos convites são diferenciados. Em geral, mulheres pagam quase a metade do que os homens. “Todo o marketing é baseado no fato de que lá haverá muitas mulheres e que vai ter sexo à vontade. A USP inteira sabe que tanto a ‘Carecas’ quanto a ‘Fantasias’ são para isso, para ir lá e transar”, explica a aluna que optou por permanecer anônima. O problema, segundo ela, não é a questão moral, mas o ambiente de machismo extremo que cria a impressão de que qualquer garota presente está disponível.

    A festa acontece no campo de futebol da Atlética. As equipes masculinas de cada modalidade esportiva erguem suas barracas para vender bebidas e arrecadar recursos. Atrás destas são montados os “cafofos”: estruturas fechadas com colchões ou almofadas apropriadas para se levar garotas. Segundo relatos, uma das modalidades costuma contratar prostitutas, cuja tarefa é agradar os presentes com strip teases e “body shots” de tequila nos seios, além de deixar o corpo à mercê das apalpadelas. Na barraca de outra modalidade, filmes pornôs são projetados. Outra equipe batiza seu espaço de “matadouro”.

    “Nessas festas, minha impressão é que as meninas são um pedaço de carne na prateleira.”

    Em torno do campo de futebol, há um pequeno bosque, para onde os casais vão para transar. Seguranças contratados pela organização vigiam a entrada. “Nessas festas, minha impressão é que as meninas são um pedaço de carne na prateleira. A mentalidade dos meninos é que elas estão disponíveis para transar. Chegam de maneira agressiva, ao ponto de vários caras tentarem te puxar para o bosque. E, na minha percepção, se você entra no cafofo você não sai, vai ter de transar com o cara”, opina a estudante. “Ter” de transar. Marina, do coletivo Geni, revela que já ouviu muitas histórias de garotas assediadas e estupradas entre as árvores. “Houve uma vez em que meu namorado ouviu gritos e foi socorrer. Um cara que ele conhecia tinha rasgado a calcinha da menina contra a vontade dela”, conta.

    “Há estupros de meninas inconscientes, casos de colocar ‘boa noite Cinderela’ na bebida delas. É algo sistemático porque acontece em todos os anos”, diz professora da FFLCH

    Heloísa Buarque de Almeida, coordenadora do programa USP Diversidade e professora de estudos de gênero na antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), pesquisa a ocorrência de violência sexual, machismo, homofobia e trotes violentos na FMUSP desde que foi procurada pelos coletivos da faculdade, há alguns meses. “As violências se tornam rituais que se repetem a partir de uma ideia de tradição que querem manter, que não é exatamente do curso, mas uma tradição de algumas festas e instituições que se torna escandalosa”, analisa. “Há estupros de meninas inconscientes, casos de colocar ‘boa noite Cinderela’ na bebida delas. É algo sistemático porque acontece em todos os anos. A festa ‘Carecas no Bosque’ é tradicional entre aspas. Eles consideram tradicional que tenha prostitutas lá dentro, e no meio disso algumas meninas são estupradas porque estão bêbadas.

    Você estava muito bêbada’
    Cartaz de festa dos alunos da Medicina da USP

    Foi na “Carecas no Bosque” de 2011 que a então caloura Doralice* foi estuprada no “cafofo” do judô. Ela estava desacordada. “Demorei para saber o que tinha acontecido, porque eu retomei a consciência apenas quando estava no hospital. Não me falaram direito, só: ‘acho que você foi abusada’”, diz ela, em depoimento à Ponte. Posteriormente, juntando os relatos que foram surgindo, muitos por insistência dela, a estudante pôde entender melhor o que ocorreu após as 4 horas da madrugada, quando ainda estava consciente e havia ido tomar uma bebida na barraca do judô – depois disso, não se lembra de mais de nada. De acordo com o que lhe contaram, Doralice ficou com um dos garotos da modalidade, que a levou ao cafofo, onde a deixou. Quando ele voltou, viu-a desacordada com um homem sobre ela, estuprando-a.

    O que se seguiu, segundo a aluna, foi uma série de tentativas, por parte da Atlética e da diretoria da faculdade, de abafar o caso. No Hospital das Clínicas, para onde foi levada por diretores da entidade esportiva, não foram feitos exame de corpo de delito, para se comprovar a violência, ou toxicológico, para identificar uma possível adulteração em sua bebida. No entanto, a caloura começou a tomar medicamentos antirretrovirais como prevenção ao HIV.

    “Eles falaram que eu não tinha como provar, que não poderia dizer que havia sido estuprada porque estava muito bêbada.”

    Apesar da insistência, os responsáveis pela Atlética demoraram a lhe explicar exatamente o que tinha acontecido. Foi somente 2 dias depois, quando teve a confirmação de que havia existido penetração, que Doralice decidiu denunciar o caso. Mas foi sistematicamente desencorajada pelos diretores da Atlética. “Eles falaram que eu não tinha como provar, que não poderia dizer que havia sido estuprada porque estava muito bêbada.”

    Mesmo assim, a estudante fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher. Algum tempo depois, a delegada apontou um funcionário terceirizado da faculdade como o agressor. “Até hoje, quando o inquérito policial está sendo finalizado, eu descubro coisas sobre meu caso que não sabia, por exemplo, que a diretoria da Atlética não permitiu que a polícia entrasse no local da festa”, conta.

    As pessoas que ela procurava para testemunhar se mostravam ariscas. Falavam que deveria “tocar a vida para frente”. “Foi feito um pacto de silêncio, como tudo é tratado dentro da Faculdade de Medicina. Meu namorado era mais velho e falavam para ele que a história não poderia vazar, que iria destruir a imagem da Atlética, que iria destruir a festa”, revela. Ela conta, ainda, que a diretoria da FMUSP tomou conhecimento do caso, mas não fez nada a respeito.

    “Abaixou minha calça, enfiou o dedo, me beijou à força.”

    O estupro no “Carecas no Bosque” de 2011 não foi a primeira nem a última violência sexual sofrida por Doralice. No início daquele mesmo ano, durante a semana de recepção, ela foi abusada por um dos diretores da Atlética, que inclusive faria parte do grupo que a levaria ao hospital alguns meses depois. Numa tarde de bebedeira, ele a levou a uma sala escura da equipe de atletismo e a jogou no chão. “Abaixou minha calça, enfiou o dedo, me beijou à força. Mas teve uma hora em que ele parou”, relata Doralice. “Depois ele fez isso com outras meninas, uma delas da ‘panela’ dele, outra, uma colega minha de turma. Ele vê que a menina está bêbada e não conseguindo oferecer muita resistência.” Nos anos posteriores ao estupro, outro diretor da Atlética aproveitou duas “Espumadas” para passar a mão em seu corpo. Segundo a aluna, ele igualmente costuma repetir o abuso com outras estudantes.

    ‘Eu sei que você quer, deixa de ser chata’

    Em novembro de 2013, a estudante de Medicina Leandra* sofreu abuso sexual de 2 alunos durante uma cervejada do sexto ano realizada no Centro Acadêmico Oswaldo Cruz. Eles ficaram insistindo para que ela fosse até o estacionamento ao lado. “Vamos para meu carro que eu vou dar bebida para você”, diziam.

    “Eu falava que não queria, eles insistiam para eu ir. Me puxavam, mas eu não queria ficar com eles. Nesse vai e vem acabamos chegando ao carro deles. Lá eles começaram a me beijar, enfiar a mão dentro da minha roupa, dentro da minha calça. Queriam que eu entrasse no carro, abriram a porta, e eu comecei a gritar, a fazer um escândalo, dizendo que não queria. Tentava sair e eles impediam a minha passagem. Me empurravam, e um deles começou a gritar comigo: ‘para de gritar, para de gritar!’. Eu dizia que não queria os dois e um deles respondia: ‘você quer sim, eu sei que você quer, deixa de ser chata’. E os dois me beijavam, passavam a mão em tudo, não me deixavam sair. Nisso uma menina que estava no estacionamento brigando com o namorado viu o que aconteceu, deu um grito e me chamou. Então consegui sair.”

    A partir de então, Leandra iniciou uma epopeia para que a violência sofrida por ela fosse reconhecida. Fez um Boletim de Ocorrência e denunciou o caso à diretoria da faculdade. Uma sindicância formada por 4 professores foi criada, mas apenas a estudante e um dos agressores foram ouvidos, já que o outro estava viajando. Em abril de 2014, a conclusão divulgada foi que a relação havia sido consensual, e que o problema havia sido o consumo de álcool. “Para mim, essa decisão tira a culpa do agressor e a joga na vítima, porque ela estava bêbada. Chegaram à conclusão de que foi consensual só com meu depoimento e de um dos garotos”, reclama.

    O forte corporativismo existente no ambiente universitário da Faculdade de Medicina da USP, que havia se manifestado no caso de Doralice, voltou a “atacar” no caso Leandra. A vítima, e não os agressores, passou a ser hostilizada sistematicamente desde então. “Eu passo no corredor, as pessoas cochicham, apontam, principalmente os amigos dos caras. Eu mesma ouvi dizerem: ‘ah, aquela menina sai com todo mundo, logo ela vai reclamar disso? Está querendo aparecer’”. A preocupação maior é com a imagem da faculdade. Até mesmo um dos que abusaram de Leandra foi tirar satisfação. Ameaçou processá-la por difamação.

    “Quando fui denunciar, achei que o meu era um caso isolado, mas descobri que havia mais.”

    Uma das instâncias procuradas por ela foi o Núcleo de Estudos em Gênero, Saúde e Sexualidade (Negss), grupo de alunos criado no início de 2013. “Quando fui denunciar, achei que o meu era um caso isolado, mas descobri que havia mais”, diz. Foi divulgada então uma nota sobre o ocorrido no Facebook, gerando grande repercussão, em sua maioria, negativa. O texto foi publicado na página mantida nessa rede social pelo Grupo Pinheiros, do qual participam alunos e ex-alunos da FMUSP. A reação de seus membros foi violenta, diz Marina Pikman, do Geni. “Temos um monte de prints com postagens supermachistas, homofóbicas, classistas, xenófobas… tirando sarro do que aconteceu. Foi bem difícil para ela [Leandra]. Ela é ridicularizada nas redes sociais.”

    Questionada pela reportagem, a diretoria do Centro Acadêmico afirmou que ofereceu apoio e orientação a Leandra e a incentivou a registrar um Boletim de Ocorrência. Disse, ainda, que solicitou à FMUSP a instauração de uma sindicância administrativa, “uma vez reconhecida a dificuldade e inadequação do CAOC de realizar tal apuração”. Todas as respostas enviadas pelo Caoc à Ponte podem ser lidas aqui.

    A estudante, no entanto, nega. Ela diz ter procurado a segurança da faculdade, que a levou até ao chefe da graduação. Este a teria orientado a fazer o BO. “Os diretores do Caoc disseram que não poderiam me ajudar pelo princípio da isonomia em relação aos alunos. Só após a pressão do Negss eles enviaram um ofício à diretoria da faculdade pedindo abertura de sindicância.”

    Modus operandi da violência
    Cartaz de festa dos alunos da FMUSP

    Ao Geni chegaram outros exemplos de abusos semelhantes. Como o de uma aluna violentada por um ficante. Ou de uma caloura que “apagou” numa festa “Fantasias no Bosque” e acordou numa enfermaria às sete da manhã sem sapato e calcinha. Ou o estupro de uma estudante de Enfermagem por um aluno de Medicina na Casa do Estudante, a moradia estudantil do Hospital das Clínicas. Ou até de um aluno estuprado por um veterano numa “Espumada”.

    “No começo elas nem se dão conta de que sofreram assédio. Elas acham que estavam muito bêbadas, que não resistiram o suficiente. Depois, quando se dão conta, acham que passou muito tempo, que as pessoas relativizarão o ocorrido.”

    Nenhum desses abusos, no entanto, foi denunciado, com a exceção dos de Doralice e Leandra. “É claro que não são casos isolados, é claro que há uma cultura institucionalizada de violência, impunidade, desamparo das vítimas”, avalia Marina. Ela explica que se pode até dizer que há um modus operandi. “A maioria dessas violências acontece em festas, em ambientes nos quais a menina está bastante alcoolizada. Às vezes está inconsciente, às vezes consciente, mas ofereceu resistência à agressão, e não foi respeitada pelo menino. E ela se sente culpada por não ter conseguido se defender. E há a lógica machista de considerar sempre que foi consensual.”

    A partir daí, inicia-se uma luta para decidir denunciar o assédio e/ou buscar apoio. As vítimas, porém, esbarram nas próprias dúvidas e na falta de mecanismos institucionais de acolhimento. “No começo elas nem se dão conta de que sofreram assédio. Elas acham que estavam muito bêbadas, que não resistiram o suficiente. Depois, quando se dão conta, acham que passou muito tempo, que as pessoas relativizarão o ocorrido”, analisa Marina, para quem seria fundamental uma instância que amparasse as alunas que sofreram violência. “Mesmo que não tenha havido denúncia, a maioria procurou alguma ajuda institucional, porque foi fazer o tratamento antirretroviral.”

    Ainda que as estudantes decidam ou cogitem denunciar, devem enfrentar mais obstáculos: o pacto de silêncio e abafamento em relação aos escândalos, e a transformação das vítimas em algozes. “As meninas são ridicularizadas, estigmatizadas como loucas que só querem chamar a atenção, que estão inventando coisas, manchando a imagem das instituições da faculdade”, pontua a integrante do coletivo Geni.

    Segundo Marina, o grupo chegou a se reunir com a diretoria da faculdade e da Atlética para pressionar por medidas que diminuíssem a vulnerabilidade das alunas nas festas promovidas pela entidade, mas seus diretores responderam que não era possível tomar providências antes de uma decisão judicial. “As meninas não reclamam muito, fica velado, pois ninguém tem coragem de criticar a Atlética, porque é uma instituição muito forte. Existe um corporativismo muito grande envolvendo a Atlética, ou o Show Medicina. Você vai ser perseguido se reclamar, se der a cara para bater”, lamenta Leandra. Foi justamente a violação sofrida por ela o estopim da criação do Geni. “Meninas vinham contar histórias de estupro por colegas que nunca haviam denunciado porque tinham medo, porque não viam canais de denúncia antes”, explica Marina.

    No dia em que foram anunciadas as conclusões da sindicância sobre o caso de Leandra, as estudantes realizaram um ruidoso protesto criticando a decisão e denunciando outros abusos. Foi o suficiente para que a faculdade decidisse formar uma comissão para apurar os inúmeros exemplos de opressão em seu interior. Instalado em março deste ano, o grupo formado por professores da FMUSP vem ouvindo relatos de violações sexuais, físicas, morais, machistas e homofóbicas, entre outras. O relatório elaborado a partir dessa apuração deve ser divulgado nos próximos dias.

    Enquanto isso, após a publicação de matérias na imprensa sobre os casos de Doralice e Leandra, a edição deste ano da festa “Fantasias no Bosque” foi cancelada.

    A Ponte solicitou uma entrevista com o diretor da FMUSP José Otávio Auler, mas a assessoria de imprensa da faculdade informou que ele se encontra em um simpósio fora do país e enviou a seguinte nota:

    “A Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) se  coloca de maneira antagônica a qualquer forma de violência e discriminação (com base em etnia, religião, orientação sexual, social) e tem se empenhado em aprimorar seus mecanismos de prevenção destes tipos de casos, apuração de denúncias e acolhimento das vítimas. A Cultura da Instituição é baseada na tolerância e respeito mútuos, valores que são passados aos seus alunos. Com o intuito de fortalecer esta cultura, foi formada recentemente, inclusive, uma Comissão com docentes, alunos e funcionários com o objetivo de propor ações de caráter resolutivo quanto aos problemas relacionados às questões de violência, preconceito e de consumo de álcool e drogas. Em relação às denúncias envolvendo membros da FMUSP ou de casos ocorridos em suas dependências, foram abertas sindicâncias para apuração. Em caso de comprovação, a Faculdade adota as punições disciplinares de acordo com o Código de Ética da USP.”

    A reportagem também procurou a Atlética, via assessoria de imprensa da FMUSP, mas até a publicação desta reportagem não havia obtido retorno.

    * Nome fictício para preservar a identidade da vítima

    * Vídeo: Caio Palazzo; Edição de vídeo: Rafael Bonifácio

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    Renata
    Renata
    9 anos atrás

    Um absurdo… garotas que nao se colocam valor, que não tem controle sobre si propria. Frequentei todas as festas todos os anos e nada de parecido aconteceu comigo

    Eduardo Carvalho
    Eduardo Carvalho
    9 anos atrás

    Sempre me perguntei porque será que a raça mais escrota que eu conheço, me refiro a pessoas que eu conheci, depois de advogados são médicos.
    Casos de estupro em festa de medicina ja são conhecidos, no interior a casos de varios estudantes estuprar uma única menina.
    Agora me parece que elas vão pra isso também, não são tão inocentes, ficam doidinhas pra ir as essas festas, e qualquer um que se passar por medico tem grandes chances de ‘catar’ uma. Inclusive ta comum no Facebook rolar fotos de caras bonitões onde se diz que ele é ginecologista e que e a paciente o visita varias vezes por semana, o numero de curtidas da mulherada é grande. Aí me faz pensar na chance de desse medico aí que aparece nos jornais ser inocente mesmo, por que muitas mulheres quando vão ao medico, em especial o ginecologista, parece que elas se vestem pra ir a um cabaré, e não venham falar me de machismo.

    Eduardo Carvalho
    Eduardo Carvalho
    9 anos atrás

    E digo mais, não entendo porque essa revolta contra médicos estrangeiros , não tem nem brasileiro direito e querem mandar os caras embora. O problema da medicina me parece é que um bando de semi açougueiros passam nesses vestibular ou podem pagar uma faculdade mas não tem vocação pra exercer a medicina, tem muita gente com vocação por aí que tem que ir fritar batata porque não conseguiu uma vaga. Tinham rever esse vestibular e avaliar a vocação, um dia quem sabe.

    Ricardo A Cestari
    Ricardo A Cestari
    9 anos atrás

    Enquanto o primeiro não for severamente punido isso vai continuar. E não serve funcionários ou estranhos ao ambiente!

    Rocha
    Rocha
    9 anos atrás

    Muito bonito, mas por que falar primeiro da Medicina USP quando na Esalq a coleção de violações são 10 x piores?

    J.Gomes
    J.Gomes
    9 anos atrás

    Os caras que fazem isso estão totalmente errados, é um abuso, violência,crime!

    Mas, meninas, porque continuam insistindo em ir à uma festa na qual tem um pênis no lugar do T de ”Fantasias”? caiam fora desses caras, dessas festas…

    joao Bordin
    9 anos atrás

    Pra começar a conversa, é necessário ter assente três pressupostos: 1) o sujeito da violência sexual (seja contra crianças ou mulheres) tem gênero: é homem; 2) a violência sexual acontece em todos os espaços da sociedade, é endêmica, atravessa classes e grupos sociais muito distintos; 3) violência sexual é um conceito bastante amplo, que não se restringe ao sexo forçado por um desconhecido nalgum beco escuro. Portanto, mulheres não estupram; estupros acontecem na rua, em casa, em festas, na universidade de elite; e eles assumem formas “aparentemente” (cuidado com o “aparentemente”) sutis e variadas. É por não compreender isso, o óbvio, que muitas pessoas caem nos argumentos mais espúrios para justificar uma violência sexual, do tipo: “entrou no quarto é porque quis”, “a culpa é dela que bebeu demais”, “usou roupa curta agora aguenta”. Ideias como essas não apenas nos reconfortam ao desviar o foco do problema para questões de comportamentos e escolhas individuais (seja ao psicopatologizar o agressor, eximindo-o e à sociedade da culpa, seja ao culpabilizar a vítima pela própria agressão sofrida) –, ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, louvamos a liberdade de comportamento e escolha individuais –, mas sobretudo são peças fundamentais na reprodução da violência. É a conivência, consciente ou inconsciente, ativa ou passiva, que permite a reprodução da cultura do estupro. Trata-se de um padrão conhecido: normalmente não percebemos o que as feministas chamam de cultura do estupro (cultura porque não se trata de uma ação individual, de natureza puramente psicopatológica, e porque não é um fenômeno marginal: é coletivo e estrutural no patriarcado moderno) porque a sociedade ergue um muro de silêncio em torno do assunto, bem como, em torno das vítimas, um muro feito de vergonha, culpa, humilhação, repulsa, incompreensão, incompaixão. Mas não, elas não devem “seguir com as suas vidas”; não, “ele não está sofrendo também”; não, elas não devem se calar “para preservar a imagem” de quem ou do que quer que seja. As nossas cadeias estão superpovoadas de garotos pobres que furtaram algum objeto ou traficaram drogas. Por mim, nós deveríamos tirá-los de lá, coloca-los em escolas e dar-lhes empregos, e repovoar as cadeias com homens agressores sexuais, um problema muito mais grave e urgente do que o tráfico de drogas ou o roubo.

    Gerônimo
    Gerônimo
    9 anos atrás

    É preciso que sejam apuradas todas as denúncias relacionadas a esses abusos. Mais do que o nome da instituição está em jogo a formação de profissionais da saúde que atuarão na assistência médica à população. É inconcebível que profissionais com tamanha responsabilidade conservem um tipo de mentalidade que ache “normal” ou “aceitável” o abuso a outrem. A integridade da instituição será mantida a partir do momento que ela prezar pela integridade de seus discentes.

    Mariana
    Mariana
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    E SE acontecer com você? É porque você não se dá valor? É porque você não tem controle sobre si própria? Você merece ser estuprada por não se dar valor? Você merece ser estuprada por qualquer outro motivo? A culpa é sua, se você for estuprada? Estupros, assédios etc acontecem toda hora, todo dia no nosso país, a culpa nunca é da garota que não se deu valor. NUNCA.

    giovanna
    giovanna
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Você é uma das pessoas que abafam o caso também? Não.interessa se a mulher está sob efeito alcoólico ou não, ninguém tem o direito de estuprar ou abusar de ninguém! Nenhuma mulher merece ser estuprada por estar vulnerável. Não é questão de valor, é questão de respeito mútuo!

    Marina
    Marina
    9 anos atrás

    Eu sou uma estudante da USP e não vou a esse tipo de festa. Passei no vestibular com dificuldade e tenho em mente que estou la para estudar e não brincar. Todos sabem o que ocorrem nas festas, se foi, foi porque quis. Mas isto também não da o direito de os homens acharem que podem estrupar as meninas.
    Só aconselho mulheres, vão estudar, quer ir a festas? procura uma balada legal e chama as amigas.

    Lorena
    Lorena
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Renata, vc tem nocao que vc esta culpabilizando a vitima? Que vc esta sendo conivente com esse tipo de atitude? Meninas que nao se dao o valor? ue valor? O valor de colocarem algo na bebida delas? Valor de esperar a menina estar desacordada para estupra-la? Valor? Que valor tem isso pra vc?
    O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos…. lema de vida. acorda pra vida, acorda pra realidade…

    livia
    livia
    9 anos atrás

    Pra quem ta come.tando que mulher curte dr um cara bonito dizedo que é gineco e que nessas festas rola egaçao e putaria, só uma coisa: voces estao falando como se aprnas homens pudessem ficar bebados eesquecer da vida e querer ir numa festade putaria (porque nao?) sem serem chamadas de puta, vagabunda, oferecida, foi porque quis.
    Tem uma coisa MUITO diferente entre QUERER ficar ou dar e o serFORÇADA porque tava bebada.
    A vagina é minha e distribuo pra quem quiser, e ninguem tem direito de decidir por mim ou me xingar. Que NOJO!

    Fernanda
    Fernanda
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Dá até sono tentar discutir com gente com a mentalidade igual a sua, Renata. Ninguém tem que se dar o valor, o valor já é por direito de cada um. Você pelo menos leu o texto? Viu os depoimentos? Não consigo tolerar gente ignorante que nem você, que não sabe se colocar no lugar dos outros.

    Fernanda
    Fernanda
    9 anos atrás
    Responder a  Marina

    Entendo seu lado, mas isso não resolve nada. Essa solução seria tipo o Vagão Rosa que queriam implantar nos metrôs. O certo não é que as festas deixem de ocorrer, porque elas certamente vão continuar. O certo é ir no foco do problema, criar um senso comum de que mulher não é objeto, portanto, é inaceitável que em festas de qualquer gênero, coisas repugnantes como essa ocorram.

    Gabriela
    Gabriela
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Se quiser ser respeitada, mulher tem que dar-se o respeito. Certo? Não. Não está certo porque respeito não é negociável. Minhas roupas não são um convite para o estupro e minhas atitudes não estão dando abertura nenhuma para eu ser abusada.
    Que é absurdo é esse, uma mulher falar que a culpa é sim de quem foi violentada. Pelo amor de Deus, santa ignorância, machismo e pensamento retrógrado.
    Mulher tem que ser respeitada até mesmo pelada, até mesmo durante o sexo consensual, mulher tem que ser respeitada em qualquer lugar e em qualquer momento!

    Juliano
    Juliano
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Entrei apenas para repudiar, como homem e cidadão do mal, a declaração da Sra. Renata. Mulher não tem que “se dar ao valor”, pois não é ação de empresa, nem moeda corrente. Sexo só pode ser feito por consenso, e mais nenhuma variante social,seja ela econômica, étnica, ou de caráter etc. Ser “boazinha” e recatada deveria ser uma escolha pessoal, e jamais um pré-requisito, um seguro de vida para não ser agredida(o).

    Renata
    Renata
    9 anos atrás

    A USP é puxada, todo mundo quer ter descansar e poder curtir uma balada, beber um pouco. O fato da mulher querer curtir uma festa e beber nao signifca que ela é uma vagabunda ou mereça ser estuprada. Ela quer apenas se divertir.
    E ao mané que falou que estupro tem em todo lugar, TEM MESMO, mas nao quer dizer que isso seja certo. VCS que se acham no direito pq são homens, continuem pensando e regredindo a idade medieval. Nao é pq é medico e rico que tenha carater. Escória !

    Leandro Butti
    Leandro Butti
    9 anos atrás
    Responder a  Marina

    Brasileiro é foda. Ao invés de ENSINAR e EDUCAR, o jeito é separar, dividir, proibir ou remediar. Cabeça de merda!

    carlos
    carlos
    9 anos atrás

    Bando de covardes e FDP.

    Igor
    Igor
    9 anos atrás

    A lógica feminista 1:
    “Tem umas festas conhecidas como ‘festas do estupro’, onde, SABIDAMENTE, ocorrem abusos de todos os gêneros contra as mulheres.
    Eu sou mulher e tenho o DIREITO de ir nas festas do estupro, ficar tresloucada de bebida alcoólica e não ser estuprada.
    Somos feministas e temos direito.
    Toda mulher pode participar das festas do estupro sem serem estupradas!”.

    A lógica feminista 2:
    “Toda mulher tem o DIREITO de rebolar até o chão com uma microssaia, ao som do pancadão ‘senta na pica, senta na pica, senta na pica’ e não ser inferiorizada ou diminuída.
    Se uma mulher quer dançar ao som de ‘senta na pica’, isso não significa, necessariamente, que ela queira cometer o ato, propriamente”.

    PS. 1: Nada, absolutamente nada, justifica um abuso, qualquer que seja. Esses delinquentes (travestidos de alunos) devem ser investigados e punidos. Não tenho esperança na justiça criminal, portanto defendo punição administrativa. A Facultade deveria expulsar sumariamente os “homens” envolvidos nesses casos, inclusive os organizadores das “barracas”, pela omissão ou comissão.

    PS. 2: Mulheres, valorizem-se. Vocês têm o direito, sim, de participar dessas festas. Mas, precisam? Precisam se embriagar ao lado de “homens” desconhecidos e desprezíveis? Comemorem, tomem TODAS, façam a festa, ao lado dos seus amigos e familiares, das pessoas que gostam de vocês e estão felizes pelas conquistas de vocês. Enfrentar as “festas do estupro” por puro feminismos? Bah… Deixem que os “machos”, colegas de vocês, se divirtam com as prostitutas, que é isso que eles merecem.

    trackback

    […] Veja matéria completa na Ponte Jornalismo. […]

    Lauro Wenders
    Lauro Wenders
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Renata, talvez não tenha acontecido com você porque talvez você não tenha tantos atrativos quanto a Leandra. Este seu comentário tosco nos explica em parte o não-desejo que você desperta.

    Gabriela
    Gabriela
    9 anos atrás
    Responder a  Eduardo Carvalho

    “não venham falar me de machismo.” Não seria necessário, mas você está sendo machista, meu caro. A grande maioria das mulheres optam por ginecologistas do sexo feminino exatamente para não correrem o risco de serem abusadas. Enquanto na faculdade, enquanto jovens, é comum que o sexo seja o objetivo de vida dos futuros médicos, pois é o ápice hormonal da vida, mas estupradores são doentes. Qualquer ato sobre o corpo de uma mulher que vá contra a vontade dela é errado, é sujo, é nojento. Pare de ser machista, a visita a um ginecologista é pela saúde da mulher. Nem tudo na vida é sexo.

    Marcio
    Marcio
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    No mínimo vc deve ser um homem travestido de mulher nessa citação! Pauto controle e auto limite são peças fundamentais para que não ocorram besteiras! Pessoas desse tipo existem em todos lugares e pensar depois que serão médicos … Agora estudei em Botucatu que tem ainda muito trote e devemos saber diferenciar os idiotas dos demais

    Rogério
    Rogério
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Essa Renata se bobear é Renato, um dos algozes que faz um comentário idiota desse pra justificar a carnificina que acontece nessas “festinhas” organizadas por doentes mentais, psicopatas ou drogados! A maior ironia é que muitos desses doentes serão médicos que trabalharão com o público afim de consolidar uma política de saúde no país. São os futuros Rogers Abdelmassih!

    Marcio
    Marcio
    9 anos atrás

    Renata fica quieta que é melhor! Seus comentários são muito vagos e sem fundamento

    Rafaela
    Rafaela
    9 anos atrás
    Responder a  Mariana

    Independente da mulher estar sobre efeito de bebida ou não, não da o direito de qualquer individuo invadir o seu corpo. Mulher que não se ao respeito???? Em que mundo tu vive Renata? Se é que este é seu nome e seu gênero. O que é não se dar o respeito ao seu ponto de vista???
    Mulheres tem o direito de ir em busca de prazer, seja bebendo e ficando bebada, seja em busca de sexo (afinal qualquer pessoa gosta de ter prazer, ou seja em busca de curtição em uma festa com amigos, mas isso NÃO d ao direito de qualquer pessoa fazer algo que ela não queria. NÃO E NÃO.
    Por culpa de pessoas com o teu pensamento Renata, que os abusos acontecem, e se foi em todas as festas como você refere, entao sabe muito bem que são verídicos estes relatos.

    Tadeu
    Tadeu
    9 anos atrás

    Essas pessoas que não têm o menor respeito pelo corpo humano, pelo indivídux, pelas colegas vão ser MÉDICOS. Vcs têm noção que daqui uns 10-15 anos eles vão examinar e dar parecer sobre vítimas de abuso? vai ser possível confiar num laudo de uma criatura assim? vai tratar bem, ter compaixão dx paciente? Esses caras (e quem mais mais for conivente) têm de ser punidos exemplarmente. As estudantes têm o direito de ir a festas, de beber e se divertir sem ter o medo de sofrer uma violência.

    Estevam
    Estevam
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Cara Renata (sic):

    Você, como bom rapaz da elite (sic) que adora oprimir as diversas minorias do glorioso Brasil deve nos achar muito idiotas a ponto de acreditarmos nessa sua tentativa repugnante e repulsiva de defender o indefensável, mostrando assim o abismo sem fundo da moral das classes privilegiadas, que há séculos usufruem do melhor da terra graças às injustiças sociais.

    Gostaria apenas, caro parvo (i)moral de lhe informar que a culpabilização da vítima não tem razão de ser, pois, mesmo que fosse uma prostituta drogada e alcoolizada, o crime estaria caracterizado.

    Não há possibilidade, mesmo no mais elementar pensamento intuitivo, a prerrogativa de uma mulher pretender ser violada em um ambiente, principalmente em um festival, onde há a premissa de diversão e congraçamento universitário (se bem que, se tratando da FMUSP, o congraçamento é apenas dos ”porcos”, a saber, os sinhozinhos que ainda se imaginam no Brasil colonial com fêmeas de diversos matizes para seu deleite).

    Nos países democráticos, a conjunção sexual é fruto do consenso, e mesmo havendo consentimento de ambas as partes, a partir do momento em que uma delas não estivesse disposta (coisa do tipo, ”para, tá machucando”) , há a caracterização de estupro, segundo nossas leis.

    Portanto, meu caro rapaz movido a achocolatado e energético, sugiro cautela em seus pareceres, pois não estamos mais no país agrário, há mudanças visíveis na sociedade. Fique atento, pois pessoas como você são passíveis de punição, tanto na proposição, quanto na ação da violência contra mulheres e outros vulneráveis.

    Pedro
    Pedro
    9 anos atrás

    O comportamento sexual predatorio descrito na reportagem nao é exclusividade da FMUSP. O que é peculiar a essa escola é o espaço onde isso ocorre: dentro da atlética, administrada pelos estudantes associados a AAAOC, que por exemplo, pode negar a entrada da policia no local. Venda e consumo de drogas sao comuns la dentro, mas esses jovens enfrentam consequências muito distintas daquelas vividas pelos seus co-cidadaos nas periferias, onde policia nao pede licença para entrar. Além disso, o local é pessimamente mantido, contraste intrigante com os clubes sociais que as familias desses jovens frequentam (pinheiros, paulistano, etc).

    A administraçao do espaço publico delimitado pela atlética precisa simplesmente ser administrado de forma profissional, servir aos funcionarios do complexo hospitalar, ou o bairro, e ponto final. Aos alunos lhes caberiam alugar quadras para treinamentos de suas equipes (pifias) para as (pessimas) competiçoes universitarias que organizam. Isso nao resolveria o problema trazido pela reportagem, mas é como iluminar as ruas para coibir assaltos e estupros: diminuiria a disponibilidade e sensaçao de impunidade.

    Jorge
    Jorge
    9 anos atrás

    Ridículo falar que todos os campos universitários são machistas. Se for em qualquer outro lugar (ESALQ, CAASO, outros), é a mesma história.

    Mulher que se dá o respeito não vai no “cafofo” ver o que é, se não quer, fale que não quer. Agora tem um monte (e quando digo monte, são pelo menos 50%) que adoram quando o cara vem e dá aquela investida, determinado. Mulher adora isso, sente um tesão louco. O que foi um estupro pra uma deve ser uma trepada sensacional para umas 10 outras.

    Gustavo
    Gustavo
    9 anos atrás
    Responder a  Marina

    Marina, sim, as meninas foram porque quiseram. Mas vale lembrar que esta festa é só mais um local onde estupros acontecem. Isso rola nas ruas, em festas, baladas, em qualquer local onde haja um estuprador escroto. A culpa NUNCA é da mulher, nunca. Ela usar saia curta, beber, ser puta ou não, não dá direito a cara nenhum nesse mundo de fazer mal a ela. O corpo é dela, a vida é dela, é ela quem sabe o que faz e quando faz. “Ah, mas foi pq quis. Tava bêbada, bem feito”, pera lá! Isso pode acontecer com qualquer mulher – e homens, até, vítima de abuso, machismo e xenofobia. Vivemos em uma sociedade onde é normal culpar a vítima e não o agressor. E isso, Marina, isso é bem errado.

    Paulo
    Paulo
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Muito interessante um homem aproveitar o anonimato aqui do site para se chamar de Renata e tentar distorcer a visão das coisas… exatamente o que acontece nas festas, em que os anônimos invadem os corpos e distorcem tudo dizendo que “se estava lá, é porque queria”. Eu fico com muito nojo de uma profissão que deveria ser honrável e dedicada ao próximo mas que só se presta a formar psicopatas cobiçosos por dinheiro e fama.

    Lucas
    Lucas
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Complicado o depoimento dessa garota dizendo que sofreu abuso mais de uma vez, normalmente esse é o tipo de coisa que deixa a mulher traumatizada, não privando o lazer da senhorita, mas voltar a frequentar esse tipo de festa da entender que tudo isso que foi dito, ou foi objeto de invenção ou tentativa de denegrir a imagem da festa, pq cá entre nós, tbm freqüentei e muitos(as) colegas tbm frequentaram e nada disso foi visto.

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    […] Tatiana Merlino, Igor Ojeda, Caio Palazzo/Vídeos e Rafael Bonifácio, no Ponte […]

    Mari
    Mari
    9 anos atrás

    Essas festas poderiam acontecer tranquilamente contanto que esses boçais não se achassem no direito de estuprar ninguém. E sim, uma moça poderia ir nessa festa querendo transar com quem ou quantos quisesse, assim como o cara, lembrando que : se alguém diz não, não quero, quero embora, ou vou sair, deve ser respeitado. Ninguém tem que se dar o valor , ou “se dar ao respeito”, simplesmente porque parte-se da premissa que as pessoas tem seu valor e merecem respeito. O problema dessas festas é que elas têm uma lógica machista e violenta. Todos poderiam se divertir e ter prazer , mas infelizmente a lógica da dominação, da opressão lidera. Tanto homem quanto mulher gostam de sexo e devem ser respeitados quando não querem fazê-lo. É de fato muito triste saber que esses boçais serão médicos. O médico tem que oferecer confiança, e muitos continuam usando desse ‘poder” sobre seus pacientes.

    Ju
    Ju
    9 anos atrás

    Como pode uma situação como essa acontecer na USP, a universidade que ocupa a primeira posição do ranking no país? Aliás, eu que quero ser médica e não sou de classe A ou B e sei como é difícil estudar nessas condições de concorrência injusta e agora vendo isso sinto um imenso repúdio, parece que tudo se transforma de repente em pesadelo para as mulheres. São esses os seres humanos que cuidarão da saúde das pessoas? Eles precisam se tratar primeiro. Acredito que para exercer a profissão de médico não basta passar no vestibular e ter boas notas, não é somente a disciplina nos estudos que vão dignificá-los para isso e sim o respeito ao próximo, esses alunos merecem expulsão para ceder a vaga a quem realmente tem interesse e comprometimento. Eles não tem o direito, o que eles tem é dinheiro, por isso a justiça para eles é praticamente inexistente… por isso temos médicos que matam os pacientes, que atendem rapidinho na rede pública para ganhar dinheiro no consultório particular que ganhou de presente do papai empresário, por isso que eles se recusam a trabalhar em áreas carentes, por isso estupram pacientes quando sedadas, porque eles são classe A ou B, por isso que temos a saúde no Brasil em caos, QUE VENHAM OS CUBANOS !!!

    Mariana
    Mariana
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Pelo o amor de Deus né, Renata! Mesmo que a pessoa ande pelada(o)… Isso não dá o direito de outra pessoa abusar alguém! Que pensamento ridículo é esse? Não aconteceu com você… Que bom! Mas se coloque no lugar das vítimas e imagine se tivesse acontecido? Não seria nada agradável não é?! Lamentável que ainda existam pessoas que pensem dessa forma.

    Luciano
    Luciano
    9 anos atrás
    Responder a  Marcio

    Perfeito Igor. Penso exatamente igual!

    Paloma
    Paloma
    9 anos atrás
    Responder a  Igor

    Perfeito Igor, penso exatamente assim também. É como passar no meio de um lugar com assaltantes, sozinha, no meio da noite e não querer que te assaltem apenas porque você tem o direito de passar ali sem ser assaltada. Se a gente sabe que o risco existe por que não evitar?

    Carolina
    Carolina
    9 anos atrás

    Que coisa mais absurdaaaaaaaaaa!!!! Que cabeça de MERDA dessa gente dizendo que a culpa é das meninas que vão a essas festas e bebem, inclusive mulheres dizendo isso! Realmente a conclusão a se chegar é que o sexo feminino nunca será respeitado nesse mundo, pq as mulheres são desunidas e BURRAS demais p enxergar que a culpa não é da menina que foi a uma festa querendo se divertir. Ainda mais se tratando de uma festa de alunos da MEDICINA…. esses alunos deveriam ser os primeirosss a se preocuparem no caso de verem uma pessoa passando mal por conta da bebida, deveriam ser os primeiros a prestarem AUXÍLIO e não quererem se APROVEITAR da situação, vocês meninas IGNORANTES já pensaram sobre isso? No tamanho da inversão de valores das coisas que dizem…. vcs podem não ir a essas festas, mas um dia podem ser pegas na rua e serem estupradas e então serem atendidas por um desses “médicos” tão éticos que vcs defendem (sim, defendem!!!) que vão fazer piada da sua cara, te tratar como um nada e te fazer se sentir pior ainda… e outra essa fama de festa onde ocorrem estupros só está vindo à tona agora, durante muito tempo tudo foi abafado e as meninas provavelmente não sabiam disso. Além do mais muitas meninas saem de casa aos 17, 18 anos não tem noção do que pode acontecer, nunca passaram por esse tipo de situação na vida pois esta era uma realidade muito distante, acham que nunca vai acontecer com elas, estão experimentando álcool em grandes festas pela primeira vez e querem sair de casa fazer amigos e se divertir….. às mulheres que defendem a ideia de que a culpa é da mulher continuem fazendo isso e logo não poderão botar a cara na rua pois este também será um ambiente inseguro e a repressão só tende a aumentar quando se alimenta essas ideias de que a mulher deve viver evitando o perigo. Os homens aprendam a nos RESPEITAR e a respeitar o próximo, principalmente se tratando de médicos que deveriam ser os primeiros a zelar pela saúde do próximo inclusive a saúde psicológica. Menos ignorância pelo amor de deus….

    Maria Libia
    Maria Libia
    9 anos atrás

    Todo mundo sabe que estudar medicina na USP é só para quem P$O$D$E. Portanto, as meninas que são estudantes de medicina fazem parte da s Classe A e B. Se acham e são diferentes das demais. Mas, para os tarados, graduados, são tão iguais a qualquer uma genitalha da vida. Os tarados da medicina não respeitam nem seus iguais. O que dizer respeitar os que eles chamam de diferentes? Acho que já está na hora das mulheres aprenderem a denunciar, prender e arrebentar. Caso não haja, da parte de quem de direito deve defendê-las, vinguem-se. Capar quem aparecer no seu caminho, tentando violá-la, é uma solução. Um homem capado é um zero a esquerda, um nada. Pois, se ele pode destruí-la para sempre (estupro é uma ferida que jamais fecha), destrua-o também. Uma sociedade, como a nossa, mentirosa, merece ter um exército de destruidos. MULHERES, CAPEM OS TARADOS, VINGUEM-SE, NÃO DEIXEM POR MENOS.

    Gabriel
    Gabriel
    9 anos atrás

    O local é propício para o uso de drogas e sexo. Sinceramente, saímos do ensino médio sabendo sobre a polêmica proveniente das festas de faculdade. Quem vai está por conta e risco, é ridículo, ir encher a cara, e se drogar independente de gênero sexual. Todos sabem o que acontece nas festas, existem N lugares para se divertir com os amigos. Vai quem quer. Os caras logicamente fazem as festas para transar, e vocês vão porque não sabem o que eles querem… A me poupem! Vão estudar e concluir a faculdade.

    sortit
    sortit
    9 anos atrás

    Camarada, se isso acontece com a minha irmã ou alguma familiar ou conhecida minha, eu daria uma surra bem dada nesses fdp.. ia arranca o pinto de todos eles.. Abriria o olho se tivesse envolvido nessa merda aí..

    thiago
    thiago
    9 anos atrás

    Todos os culpados deveriam ser devidamente punidos por crime de estupro ou assédio moral. Porém, dado a realidade tal como é, o prudente é qualquer garota que não queira correr o risco, que não participe desses eventos e que simplesmente faça o seu curso bem feito para ser uma boa profissional. Universidade não é diversão, não é pra fazer amigos, é pra estudar muito e aproveitar as oportunidades profissionais.

    Fábio
    Fábio
    9 anos atrás

    Não tenho qualquer ligação com a faculdade em questão, nem mesmo moro em SP, mas também já fui estudante universitário. Quando comecei a ler a reportagem, estava revoltado com a manchete. Um estrupador é um fdp que deveria ser capado. Mas, ao final do texto, vi que nem tudo que está sendo relatado pode realmente ter o peso que querem dar.
    Um exemplo? Essa tal de Doralice: disse ter sido estuprada e abusada em 4 oportunidades diferentes (durante anos), sempre nas tais festas. Em 2 casos que ela detalhou, o “abuso” ocorreu depois de muita bebedeira e de ir (conscientemente) com algum rapaz para um quartinho escuro (!) ou para uma barraca às 4h da madrugada (!). “Nos anos posteriores” (!), apesar dos “abusos” e do “estupro” ocorridos, ela continuou (por vontade própria (!)) participando das tais festas (que, pela reportagem e pelos comentários aqui de alunas, todos sabem a real finalidade), e continuou sendo abusada (!). Ora, faça-me o favor, ninguém pode ser tão ingênuo ou tão feminista a ponto de não enxergar nas atitudes recorrentes dessa jovem (não é uma criança) uma situação que não condiz com a posição de vítima inocente que ela tenta transmitir.
    Assim, cada caso é um caso, e todos deveriam ser analisados com bom senso e investigados com isenção para que realmente se chegue na verdade, se faça justiça e se punam os verdadeiros culpados (inclusive, se for o caso, as falsas denúncias), e também para que o sensacionalismo midiático não transforme qualquer relato apócrifo em verdade absoluta.

    Karina
    Karina
    9 anos atrás
    Responder a  Jorge

    Isso, genial: agora vamos forçar todas as garotas porque “só algumas” vão considerar que é estupro!

    Aliás, pelo que vi, muitos dos casos ocorrem com garotas muito bêbadas ou desacordadas, ou que disseram não e tiveram que ouvir dos caras que, na verdade, elas queriam sim e só estavam “se fazendo”. Isso que é investida determinada! Pena que parece ser totalmente independente da resposta delas.

    Se elas não querem, é estupro. Se elas forem forçadas, é estupro. Se elas não puderem decidir sobre, é estupro.

    E uma observação final: se nos outros lugares também ocorre, sim, nos outros lugares também é machismo.

    Lívia
    Lívia
    9 anos atrás
    Responder a  Renata

    Renata, desculpa mas vc acaba de falar uma grande bosta. O fato da pessoa estar bebada nao quer dizer que um cara possa chegar até ela e abusar de seu corpo. Para de bancar a insensível e puritana, como se vc fosse a palmatória do mundo.

    A pior coisa é ficar julgando os outros e nao cuidar da própria vida. Deixa de ser ridícula, vc nao foi nem um pouco feliz falando desse jeito sobre as moças, porque só elas sabem o que sofreram. Cuidado, viu? Não julga para que nao sejas julgada. E seja menos ignorante, por favor!

    pilistrika
    pilistrika
    9 anos atrás

    Há muitos anos que a USP virou um antro de marginais da elite brasileira! estes marginais praticam todo o tipo de desmandos, atrocidades, assassinatos, estupros, roubos, etc, etc, etc… e, o pior de tudo é que reitores, professores, secretaria de segurança e governador são coniventes com isso! sabem que tudo isso acontece lá mas fazem vistas grossas e não toma providências! porque que estes filhos da puta não pegam a filha do secretário de segurança, do governador, juiz, reitor ou de algum membro do ministério público e fazem o mesmo que estão fazendo ao longo dos anos? Quem sabe assim as autoridades e os responsáveis pela universidade tomem providências! ah! Renata, você é patética!!!

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