Cláudio Roberto Ferreira, o Galo, foi assassinado na zona leste de São Paulo, dentro de seu carro blindado, atingido por pelo menos 70 tiros de fuzil
A execução de Cláudio Roberto Ferreira, o Galo, de 38 anos, tem indícios de ser motivada por briga interna da facção. É o que sustenta a delegada Ana Lúcia Souza, do 30º DP (Distrito Policial). Galo estava em seu carro blindado da marca Audi quando homens com fuzis o atacaram com ao menos 70 tiros. Fã do personagem Tony Montana, interpretado por Al Pacino no clássico ‘Scarface’, Galo teve um destino parecido com o do ídolo.
“Temos indicativos de ser uma execução por conta de briga interna do partido [PCC, o Primeiro Comando da Capital] que ele fazia parte”, explicou a delegada. A emboscada aconteceu em uma região de bares do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (24/7).
Galo tinha em seu caro mais de R$ 70 mil em espécie. Ele é especializado em assalto a bancos, tendo participado de um grande roubo envolvendo mais de dez criminosos em uma agência do extinto Banco Real, em Guarulhos, Grande São Paulo, em 2008. À época, um PM, um membro da facção e um homem que passava pela rua morreram na ação. Cláudio Roberto foi condenado a 65 anos de prisão.
O membro da facção estava foragido desde maio de 2017, quando teve um habeas corpus revogado pelo STF (Superior Tribunal Federal). Ele tinha sido preso em agosto de 2015 quando assistia a um jogo entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro, em Santos, litoral de SP.
Cláudio é o terceiro membro do PCC executado no bairro do Tatuapé apenas neste ano. Além dele, Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro ou Waguininho, 32 anos, foi executado na porta de um hotel; e Eduardo Ferreira da Silva, 40, também morreu baleado em seu carro, uma Mercedes, em ataque similar ao ocorrido contra Galo.
