PonteCast | O que não fazer quando entrevistar pessoas trans para uma reportagem

    No episódio 12, Paloma Vasconcelos fala sobre o que jornalista deve e não deve fazer quando a reportagem tratar de pessoas trans. A equipe lembra do julgamento do caso Laura Vermont e fala do projeto Escola de Notícias

     

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    “Você fez cirurgia?”, “Sua barba é de verdade?”, “Qual o seu nome de registro?”: essas são algumas das coisas muito comuns que pessoas trans correm o risco de ouvir quando são entrevistadas por jornalistas. Outra coisa bastante comum é confundir identidade de gênero com orientação sexual.

    A inquietação e necessidade de falar sobre isso surgiu por sugestão da nossa repórter Paloma Vasconcelos, que trabalha com o tema, depois que ela realizou a cobertura do caso da patinadora Maria Joaquina, menina trans, que quase não participou de uma competição por preconceito. Depois que a Ponte contou a história, outros veículos também decidiram falar do tema. Mas erraram feio em alguns pontos que vamos discutir no episódio 12 do PonteCast. “Um convite que eu faço para os ouvintes é se informar sobre os assuntos. Se informem e perguntem. Não tem problema perguntar”, diz Luis Fernando, nosso convidado especial para o PonteCast, que é trans masculino e trabalha no Centro Laura Vermont.

    Falando em Laura Vermont, o julgamento do assassinato dela vai acontecer no próximo dia 7 de maio. Laura é uma jovem travesti que foi morta na zona leste de São Paulo por 7 homens – dois deles PMs. Também trouxemos o destaque para operação do Ministério Público de São Paulo, através do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e PM para desarticular a organização do PCC nas ruas do estado.

    Por fim, a Ponte dá uma dica bem massa para o pessoal que mora no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, e Taboão da Serra, Grande São Paulo. As inscrições para a nova turma da Escola de Notícias, um coletivo que existe desde 2011 que proporciona uma jornada de aprendizagem aos jovens entre 16 e 24 anos moradores dessa região, que são convidados a construir suas próprias narrativas. Como? Com oficinas gratuitas de Jornalismo e Cinema. Para se inscrever, clique aqui. E, claro, ligue o som!

    Maria Joaquina na competição internacional em Joinville | Foto: arquivo pessoal

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