“As Mulheres e o Cárcere” retrata as torturas cometidas contra presas no sistema prisional do Brasil
A tortura não é exceção, mas instrumento inerente ao sistema carcerário. As precaríssimas condições das prisões, onde viceja toda a ordem de violação da integridade e da dignidade humana, são em si mesmas torturadoras. O encarceramento massivo das camadas mais pobres da população, que é o mesmo povo periférico que sempre viu negado seus direitos e acesso aos programas sociais, se apresenta como uma política torturadora dos marginalizados.
No sistema prisional brasileiro, que já conta com mais de 600 mil pessoas, a tortura se reinventa e amplia suas técnicas. Se dentro das prisões ela é multifacetada, na lógica do Estado Penal a tortura extrapola os muros das cadeias, iniciando-se na abordagem policial das pessoas pobres e se estendendo às famílias das pessoas presas através, por exemplo, da infame revista vexatória.
Veja o vídeo “As Mulheres e o Cárcere”:
Para denunciar esse bárbarie, a Pastoral Carcerária apresenta o minidocumentário “As Mulheres e o Cárcere”. Em setembro de 2015, foi lançada a parte 1, intitulada “A Tortura como Política de Estado”, uma abordagem sobre as novas roupagens da tortura dentro do sistema carcerário.
Queremos que esse material seja mais um instrumento na luta contra o encarceramento em massa, e que contribua para traçarmos o caminho para a construção do tão almejado “mundo sem cárceres”.
Assista também o minidocumentário “A Tortura como Política de Estado”: