Minidocumentário está dividido em duas partes. A primeira delas, “A Tortura como Política de Estado”, trata das novas roupagens da tortura dentro do sistema carcerário e é lançada, com exclusividade, pela Ponte Jornalismo
Por Pastoral Carcerária Nacional, especial para a Ponte Jornalismo
A tortura não é exceção, mas instrumento inerente ao sistema carcerário. As precaríssimas condições das prisões, onde viceja toda a ordem de violação da integridade e da dignidade humana, são em si mesmas torturadoras. O encarceramento massivo das camadas mais pobres da população, que é o mesmo povo periférico que sempre viu negado seus direitos e acesso aos programas sociais, se apresenta como uma política torturadora dos marginalizados.
No sistema prisional brasileiro, que já conta com mais de 600 mil pessoas, a tortura se reinventa e amplia suas técnicas. Se dentro das prisões ela é multifacetada, na lógica do Estado Penal a tortura extrapola os muros das cadeias, iniciando-se na abordagem policial das pessoas pobres e se estendendo às famílias das pessoas presas através, por exemplo, da infame revista vexatória.
Para denunciar esse bárbarie, a Pastoral Carcerária apresenta o minidocumentário “Tortura e Encarceramento em Massa no Brasil 2015″, organizado em duas partes. A parte 1, intitulada “A Tortura como Política de Estado”, trata das novas roupagens da tortura dentro do sistema carcerário. Já a parte 2, “As Mulheres e o Cárcere”, abordará as torturas sofridas especificamente pelas mulheres presas.
Queremos que esse material seja mais um instrumento na luta contra o encarceramento em massa, e que contribua para traçarmos o caminho para a construção do tão almejado “mundo sem cárceres”.
Veja a primeira parte “Tortura e Encarceramento em Massa no Brasil 2015″