Reportagem da Ponte presenciou momento em que homem fugiu correndo da Estação República
A fotógrafa Amanda Venceslau, de 26 anos, é mais uma vítima de assédio sexual no Metrô de São Paulo. Por volta das 19h20 da última quarta-feira (1°/03), a jovem foi abordada por um homem, que pediu informação sobre como chegar em uma rua. A fotógrafa disse que não sabia e seguiu em direção à escada rolante da estação. Instantes depois, quando olhou para trás, o homem estava com o pênis para fora da calça, se masturbando.
O assédio aconteceu na Estação República do Metrô, onde ela fazia a transferência da Linha 3-Vermelha para a Linha 4-Amarela. A fotógrafa acredita que o homem a abordou apenas para dar tempo de os outros usuários do Metrô saírem e os dois irem sozinhos para escada rolante.
Queixas por falta de segurança em linha do Metrô onde ambulante foi morto crescem a cada ano
“Ele demorou muito para dizer o nome da rua, eu já achei estranho. Falei que não sabia, mas ele podia pedir informação para outra pessoa, virei as costas e fui embora”, disse a jovem. “Fui a última pessoa a subir a escada rolante. Ele me esperou, esperou todo mundo passar para fazer isso“, completou ela, que afirmou não ter notado a presença do homem antes de ser abordada por ele.
Quando viu o homem se masturbando, Amanda partiu para cima e deu um tapa no ombro dele. “Ele disse o clássico dos homens: que eu era louca“, contou.
A jovem, então, começou a gritar na estação. A reportagem presenciou o momento que a fotógrafa xingou o homem, que saiu correndo da estação sem que as pessoas entendessem o que tinha acontecido. Nenhum segurança foi visto no local.
Ela seguiu viagem sem denunciar a nenhum funcionário do Metrô. A Ponte Jornalismo perguntou à assessoria de imprensa do Metrô de São Paulo que procedimento deve ser adotado por mulheres que sofrerem abusos sexual no interior de suas estações, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.