Bombeiro preso por matar policial civil em SP é solto após audiência de custódia

    Advogados comemoram liberação de Reinaldo Renato da Silva, preso na noite de terça-feira (29/11), mas lamentam morte de policial


    Advogados gravam vídeo após conseguirem liberação do bombeiro Reinaldo da Silva

    O bombeiro Reinaldo Renato da Silva, preso em flagrante na tarde desta terça-feira (29/11) após matar o policial civil Eugênio Fernando Gonçalves, foi solto na tarde desta quarta-feira (30/11) após audiência de custódia. Silva teria confundido Gonçalves com um bandido, enquanto o policial participava de uma investigação que tinha como objetivo prender ladrões de carros na Vila Formosa, zona leste da capital.

    O policial civil Eugênio Fernando Gonçalves tinha 49 anos - Foto: Arquivo Pessoal
    O policial civil Eugênio Fernando Gonçalves tinha 49 anos – Foto: Arquivo Pessoal

    Em um vídeo, gravado em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste, os advogados de defesa do bombeiro, Alves e Raul Marcolino, comemoraram a liberação de Silva. “Isso aqui é fruto do nosso trabalho, da nossa união. Isso aqui é o mandato de liberdade provisória do policial que não merecia estar preso”, afirma Marcolino.

    De acordo com a Polícia Civil, durante a diligência, o policial, à paisana, disparou um tiro que acabou atingindo uma mulher, identificada como Simone Cristina das Mercês. O horário era 16h05 de terça (29/11). O bombeiro, que estava de folga, percebeu o tiro e achou que Gonçalves era um criminoso.

    Foi aí que Silva decidiu pegar seu carro, um Golf preto, e ir atrás do policial. O advogado do bombeiro, Raul Marcolino, afirma que, assim que Silva encontrou Gonçalves, deu voz de polícia e o policial civil colocou as mãos na cintura. Foi quando o bombeiro atirou no policial, que morreu na hora. Para Marcolino, houve legítima defesa de ambos os lados.


    Policial civil está de branco. Bombeiro passa por ele, em um Golf preto, e atira

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    O bombeiro Reinaldo Renato da Silva utilizava uma arma particular quando matou o policial civil. Ele foi autuado em flagrante por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé, zona norte da capital, na manhã desta quarta-feira (30/11).

    Eugênio Fernando Gonçalves trabalhava há 6 meses na 2ª seccional do Brooklin, na zona sul da capital, e era considerado um policial experiente por seus companheiros.

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