MTST monta acampamento em SP contra “distorção” do Minha Casa Minha Vida

    Movimento ocupou a calçada em frente ao prédio do escritório da Presidência da República, na avenida Paulista. Segundo nota, as 600 mil moradias anunciadas pelo presidente não serão destinadas aos setores mais pobres da população. Veja fotos

    Fotos: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

    O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou na quarta-feira (15/2) o espaço na calçada situada em frente ao prédio do escritório da Presidência da República em São Paulo, localizado na avenida Paulista, região central da capital paulista. O acampamento faz parte de ações por todo o Brasil contra “distorções” do programa habitacional Minha Casa Minha Vida pelo governo de Michel Temer.

    Segundo nota divulgada pelo movimento, as 600 mil moradias anunciadas pelo presidente não serão destinadas aos setores mais pobres da população. “Aumentaram o limite de crédito do Minha Casa Minha Vida para R$9.000,00, ou seja, transformaram um programa social em programa de crédito imobiliário para financiar casa própria para setores que não são os mais necessitados, que não são os sem-teto e não são aqueles que mais precisam de moradia no Brasil.”

    Ainda de  acordo com a nota, “a maioria do déficit habitacional brasileiro (84% das pessoas que não têm moradia no país) está na chamada Faixa 1 [de renda] e são famílias que possuem menos de R$ 1.800 de renda familiar. O atendimento habitacional dessas famílias só é possível com uma grande parte de subsídio, pois elas não têm condições de solicitar crédito imobiliário, já que não são sujeitos de crédito no sistema bancário brasileiro.”

    O protesto teve início a partir de duas frentes, uma  saindo do largo da Batata, na Zona Oeste, outra da praça da República, no Centro.  As marchas se encontraram na avenida Paulista e montaram acampamento no início da noite. Na manhã desta quinta-feira (16/2), o acampamento já exibia uma cozinha e diversas barracas de lona.

    Segundo o MTST, a intenção é ficar acampado por tempo indeterminado, até que se  tenha alguma resposta sobre as reivindicações.

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    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
    Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
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