Poeta Akins Kinté abre as portas da casa de sua família, na zona norte de São Paulo, para muita poesia, música e diversão
De chinelo, bermuda jeans e sem camiseta, o poeta Akins Kinté recepciona os primeiros convidados. O cheiro do churrasco já chega no portão, que está aberto, claro. Entrando no quintal da família Monteiro, na zona norte da cidade de São Paulo, logo se ouve as primeiras batidas de rap ou o chacoalhar do pandeiro. Sinta-se em casa, o Sarau no Kintal vai começar.
Algumas vezes rola no terceiro domingo do mês, outras no segundo, mas é de praxe, sem sarau não fica. O evento já ocorre mensalmente há cerca de quatro anos, sempre no terreno da casa onde vivem os familiares de Akins, mas é aberto para toda comunidade. Quem quiser colar, é só chegar. Se tiver uma poesia na ponta da língua, melhor ainda, pode declamar.
Segundo Akins, a poesia e a música corre nas veias da família há muito tempo, desde pequenos, quando seu pai batia um samba no balde como poucos. Além da diversão dos parentes, amigos e visitantes, o Sarau no Kintal tem também o objetivo de incentivar os moradores da região a escrever seus próprios versos e reunir a comunidade para apreciar a literatura local.
A ideia é que todo domingo algum escritor de quebrada cole pra dar uma força e trocar aquela ideia com a galera. Antes das primeiras rimas soarem, rolam debates sobre os problemas enfrentados pela população preta e periférica, além de outras apresentações culturais de artistas da região.
O Sarau no Kintal acontece todo mês, na Rua Antônio Ramos da Cruz, na casa de número 51, zona norte de São Paulo. Para outras informações, siga a página do Sarau no Kintal no Facebook.