Coletivos ocuparam ruas do centro de São Paulo com críticas aos pedidos de intervenção militar e apoio aos movimentos por moradia no Largo do Paissandu
A favor dos movimentos sociais e crítica aos pedidos de intervenção militar. Estas foram as principais bandeiras da marcha antifacista de 2018, caminhada que aconteceu durante o sábado (16/6), em São Paulo. Outras das pautas levadas pelo grupo eram a crítica à ascensão da extrema direita e cobranças por ações governamentais pela vida das mulheres.
Foto: Daniel Arroyo/Ponte
Dois coletivos coletivos puxaram o ato: a Ação Antifascista São Paulo e Ação Antifascista Brasil. O ato saiu por volta das 15h do Terminal Pq D.Pedro II e seguiu pelo centro da cidade rumo a Praça da Republica, onde seria o encerramento.
A marcha fez questão de parar no Largo do Paissandu durante 30 minutos, onde muitas famílias sobreviventes ao desabamento continuam na resistência e aguardando uma solução para a tragédia.
“Quem ocupa não tem culpa” e “Queremos moradia” eram os gritos dos militantes, que depois deram espaço para crianças do acampamento falarem no alto falante. “Cadê o governo que não fez nada?”, criticou uma das moradoras, após subir em um carro estacionado no Largo.
Terminado a homenagem aos desabrigados, a marcha seguiu com destino à Praça da República, ainda no centro da capital paulista, para o seu encerramento. O desfecho aconteceu com a queima de faixas que pediam a intervenção militar no país. Esses itens foram tomados de manifestantes de extrema direita que pediam ações dos militares em atos a favor da intervenção, no país.
“Um, dois, três, quatro, cinco, mil, lugar de fascista é na ponta do fuzil” e “Pela vida e pela paz, militares nunca mais”, entoavam, enquanto uma bandeira dos intervencionistas era queimada.