Célia

    Depois da morte do marido atropelado, em 1997, por um caminhão no acostamento de uma rodovia próxima a Martinópolis, Célia Maria ou Maria Célia, ninguém mais lembra bem  seu apenas, perdeu o rumo, a razão e depois os filhos.

    Entregou-se ao álcool e foi morar com suas cinco crianças nas ruas da cidade. Embriagada, dormiu por cima do caçula, ainda bebê, sufocando-o até morte. Presa e condenada, perdeu os outros quatro filhos. Os dois mais velhos fugiram. Bruno, então com 4 anos, e Bruna, 3 anos, foram recolhidos ao educandário São Paulo Cruz, de Quatá, e uma nao mais tarde entregues à adoção.

    No orfanato receberam a visita da mãe uma única vez. “Ela levou uma sacola cheia de ‘danone’ pra gente. O Bruno era tão bobo que distribuiu o iogurte entre todas as crianças”, lembra a irmã mais nova, que não gosta muito de falar do passado. Depois daquele dia nunca mais eles teriam notícia da mãe.

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