No episódio 54, entrevistamos o jornalista e correspondente internacional Jamil Chade para falar sobre como a gente tem sido visto no exterior
O jornalista e correspondente internacional Jamil Chade conversou com a Ponte sobre como tem testemunhado, sendo um brasileiro que mora no exterior e cobre política internacional, a construção da imagem do Brasil na era Bolsonaro. Jamil trabalhou por quase 20 anos no Jornal O Estado de SP e, desde o começo do ano passado, mantém uma coluna no UOL, do Grupo Folha. Autor de diversos livros, entre eles “Política, Propina e Futebol”, que fala sobre o esquema internacional de corrupção no esporte.
Baseado em Genebra, na Suíça, cobre detidamente o cotidiano da Organização das Nações Unidas, e, desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder tem tido mais trabalho do que nunca.
Em entrevista ao PonteCast, Jamil afirma que o Brasil virou tema do noticiário internacional pelos absurdos que os que estão no poder vem fazendo, aqui e lá fora.
“Tivemos a fase do deboche, depois o choque e agora a comunidade internacional está preocupada com o Brasil. Em linhas gerais, Bolsonaro visto como despreparado para o cargo”, avalia o jornalista.

Jamil analisou a recente notícia de que os Estados Unidos estão pretendendo “redefinir” os direitos humanos e Brasil, ao lado da Hungria, estão apoiando esse processo.
“Eles têm um projeto e esse projeto é extremamente perigoso. Talvez um erro que cometemos logo no começo do governo foi achar que o Brasil iria sair da ONU. Não é isso que está acontecendo. O que o Brasil e outros países estão fazendo é transformar a agenda da ONU para que ela se torne ultraconservadora”, diz Jamil durante a conversa com Maria Teresa Cruz no episódio 54 do PonteCast.
Maria Teresa perguntou para Jamil Chade com quem Jair Bolsonaro dividiria a lancheira na hora do recreio se o mundo fosse uma escola. Quer saber a resposta? Aumenta o som!
