No episódio 55, falamos sobre os dois mortos pela PM em Osasco (SP); o outro destaque foi o caso de um professor detido por filmar abordagem policial no RJ
Dois jovens são suspeitos de praticar um roubo em Osasco, na Grande São Paulo. Um policial militar, que dirigia um carro particular e estava sem farda, ou seja, provavelmente de folga, percebe a ação e decide atirar nos dois, que caem em uma avenida de uma comunidade pobre da cidade.
Ainda vivos, mas bastante feridos, Ruan e Ni, como foram identificados por moradores, agonizam à espera de um socorro que chega tarde demais. Os dois morrem. O caso aconteceu no domingo de carnaval (23/2) e moradores gravaram a ação da polícia após os dois jovens terem sido baleados.
O repórter Arthur Stabile esteve no local dos fatos e conta no episódio 55 as dificuldades de chegar em um local onde as pessoas sentem medo e como estabelecer vínculos de confiança para desenvolver a reportagem.
Arthur e Maria Teresa Cruz, que apresentou o episódio, também debatem sobre o que representam as execuções extrajudiciais, em que o agente do Estado julga, decreta e pune alguém, como pode ser avaliado o caso dos dois jovens.
Além disso, Arthur conta detalhes do que viu e ouviu, e mostra o áudio de um vídeo gravado por uma testemunha onde o irmão de uma das vítimas se desespera ao constatar que o jovem está morrendo e clama por ajuda.
Em outra parte do EP, Maria Teresa pergunta para Arthur sobre outro caso de repercussão na semana que foi a detenção arbitrária de um professor no Rio de Janeiro que filmava uma abordagem policial.
Lucas da Silva Nascimento, 31 anos, chegou a passar uma noite no Presídio de Benfica e agora responde pelos crimes de desacato, resistência à prisão e facilitação de fuga. Tudo isso por ter questionado uma ação que considerou excessiva da PM do Rio de Janeiro. Após deixar a prisão, ele falou com a Ponte e você acompanha um trecho da entrevista no EP 55. A conversa completa pode ser lida aqui.
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