PonteCast: A revolta com a morte de mais um jovem negro na periferia

    Episódio 71, fotógrafo Thiago Fernandes conta como é enfrentar o racismo e a violência policial após assassinato de Guilherme Guedes

    Um alvo, desde sempre. Assim define Thiago Fernandes sobre como é ser negro na zona sul de São Paulo e ter pela frente a Polícia Militar. O fotógrafo e videomaker, integrante da UneAfro Brasil e da Rede de Proteção e resistência, é o convidado da Live da Ponte desta semana, agora no episódio 71 do PonteCast.

    Fernandes detalha ao longo da conversa como é a rotina de violações na quebrada. Pega como ponto de partida o sequestro e assassinato de Guilherme Guedes, 15 anos, morador da Vila Clara, que estava na frente da casa em que morada com a avó quando dois homens o levaram e o mataram. Um deles seria o PM Adriano Campos, segundo a Polícia Civil.

    Leia também: Moradores da Vila Clara explicam revolta por morte de Guilherme: ‘violência policial é constante’

    “Isso não existe. Basta! Não existe a profissão de matar. Não podemos aceitar mais mortes”, afirma, criticando quem condena protestos que queimam ônibus, revolta ocorrida após a morte do adolescente. “É muito louco quando a gente tem uma manifestação, que sobe o tom e vêm as pessoas que ficam chocadas com o fogo, mas não ficam com o sangue, a morte”, afirma.

    O fotógrafo conta ainda que enfrentou dificuldades na profissão por ser negro e morador da periferia. Relembra quando filmou sem saber uma abordagem em que um PM ameaçou colocar drogas com um jovem e, por fim, manda um recado para os racistas.

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    “Aviso aos racistas: vocês não vão ter paz. Nós vamos reivindicar todos os direitos e chegar com o pé no peito. Não queremos ficar na senzala, vamos ocupar a casa grande”, define.

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