Relatório mostra dificuldades e aponta caminhos para obtenção de dados sobre violência contra a mulher

    Nos primeiros seis meses, desde o início da pandemia da Covid-19, em março, três mulheres foram mortas a cada dia no Brasil, em crimes motivados pela condição de gênero. Iniciativa “Um vírus, duas guerras” segue monitorando casos em 2020

    Imagem: Divulgação

    Nos primeiros seis meses, desde o início da pandemia da Covid-19, em março, três mulheres foram mortas a cada dia, em crimes motivados pela condição de gênero, que caracteriza feminicídio. São Paulo (79), Minas Gerais (64) e Bahia (49) foram os estados que registraram maior número absoluto de casos no período. Os dados são da série “Um vírus e duas guerras”, que vai monitorar até o final de 2020 os casos de feminicídios e de violência doméstica no período da pandemia.

    O objetivo é visibilizar esse fenômeno silencioso, fortalecer a rede de apoio e fomentar o debate sobre a criação ou manutenção de políticas públicas de prevenção à violência de gênero no Brasil. Ela é resultado de uma parceria colaborativa entre as mídias independentes Amazônia Real, sediada no Amazonas; #Colabora, no Rio de Janeiro; Eco Nordeste, no Ceará; Marco Zero Conteúdo, em Pernambuco, Portal Catarinas, em Santa Catarina; AzMina e Ponte Jornalismo, em São Paulo.

    Nos dois quadrimestres do levantamento, as equipes de reportagem encontraram alguns desafios e obstáculos por parte dos órgãos públicos para a obtenção das informações completas. Foram encarados problemas não apenas na obtenção dos dados, mas também na formatação e padronização dos meses. Como resposta a isso, foi organizado um relatório que apresenta estes desafios e propostas de soluções para o poder público em relação à coleta de dados sobre violência contra a mulher e sua divulgação. 

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