Jorge Hudson, ameaçado pela PM durante evento Vidas Negras Importam, no Rio, integra um coletivo de artes: “A única forma de se combater armas e o racismo é o conhecimento”

Desde adolescente, Jorge Hudson Alves da Silva escreve poesias e letras de rap. Há dois anos, ele se uniu a oito amigos para criar o Vulgo Coletivo, grupo independente que divulga diferentes produções artísticas de moradores do Morro Santo Amaro, no bairro carioca do Catete, onde Jorge Hudson vive. O grupo divulga artes como música, poesia, dança, grafite, fotografia e audiovisual.
Contudo, nada disso tornou Jorge Hudson conhecido. Aos 27 anos de idade, sua primeira aparição na televisão não foi para divulgar seus projetos. Mas sendo mirado por um fuzil apontado por um policial militar durante um protesto contra o racismo e a violência policial que matou 177 pessoas no estado do Rio de Janeiro, em abril. O que corresponde a um aumento de 43% nas mortes por policiais em comparação ao mesmo período em 2019, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), ligado ao governo estadual carioca.
Em um cotidiano marcado por uma morte efetuada por agentes policiais a cada quatro horas no estado, Jorge Hudson diz que o que lhe causou mais medo não foi ter um fuzil apontado para a sua cabeça.

“Claro que isso traz medo. Mas, querendo ou não, é uma coisa normal onde eu moro. A gente não deveria, mas se acostuma a ver isso aqui. Senti mais medo quando me colocaram dentro da viatura com o policial que apontou o fuzil para mim. E se a polícia me levasse para outro lugar para me torturar? E se eles sumissem como meu corpo, como já sumiram com o corpo de vários?”, questiona ele.
Protesto contra racismo e violência policial
O protesto Vidas Negras Importam ocorreu no último domingo (31/05), em frente ao Palácio da Guanabara, sede do governo estadual carioca. A mobilização foi motivada pelo assassinato de João Pedro, de 14 anos, durante uma operação policial em São Gonçalo, em 18 de Maio. De acordo com familiares do adolescente, ele brincava na casa de um tio quando policiais invadiram o imóvel e o atingiram na barriga.
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De acordo com Jorge Hudson, que trabalha há um ano e dois meses realizando entregas por aplicativos, ele foi para o protesto após efetuar uma entrega no bairro de Santa Teresa, na região central da capital fluminense.

Ao chegar no protesto, ele diz ter ouvido o estouro de uma bomba. “Daí olhei para a esquina, vi um monte de gente correndo na minha direção e os policiais tirando armamentos da viatura. Só tive tempo de entregar meu celular para um amigo que já estava ali, prender o chinelo nos pulsos e sair correndo. Os policiais vieram correndo e me empurraram”, conta Jorge Hudson.
“Nos vídeos que apareceram na internet, eu apareço falando para os policiais ‘calma, não estou oferecendo resistência’. Eles me acusaram de jogar pedras neles, mas eu tentei mostrar que minha mão não estava com poeira de pedra. Eles mandaram eu colocar as mãos na cabeça, mas eu já estava com as mãos para cima”, complementa.
Ele diz que já havia sido cercado por seis policiais quando um sétimo policial se aproximou e apontou o fuzil para ele. “Não tinha necessidade de ele apontar o fuzil para mim daquela forma. Eu já estava contido, desarmado e com as mãos para cima. O que um armamento de guerra como aquele fuzil estava fazendo em uma manifestação pacífica daquela?”, questiona Jorge.
“Morto não fala”
Ele conta ter sido conduzido em seguida por um policial para permanecer sentado ao lado de uma viatura. “Eles queriam me enquadrar por resistência, mas a única resistência que eu cometi foi a resistência de palavras. Falei que só ficava naquela posição quem era da minha cor”. O vídeo dessa cena foi compartilhado no Twitter por René Silva, ativista do Complexo do Alemão e fundador do jornal “Voz das Comunidades”.
Em seguida, Jorge Hudson diz ter sido colocado dentro da viatura em que estava o policial que lhe apontou o fuzil. “Na delegacia, eles alegaram que o fuzil dele estava travado. Eu vou confiar em uma trava? Se aquilo dispara na minha cabeça, eu não estaria aqui dando essa entrevista. Meu caixão seria fechado, minha família estaria chorando e eu não teria direito de defesa, porque morto não fala”, afirma.
Jorge Hudson diz ter passado cerca de quatro horas no 9º DP, situado no bairro do Catete, na zona sul da capital fluminense. Pouco tempo depois dele, Rodrigo Mondego, representante da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) que atua hoje como seu advogado de defesa, chegou à delegacia.
De acordo com Mondego e com a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Jorge Hudson foi autuado por crimes de menor potencial ofensivo: resistência e posse de drogas. “Uma ponta de cigarro de maconha”, segundo o advogado.
“Inicialmente, tentaram associar o Jorge à quebra do para-brisa de uma viatura da PM, mas essa viatura estava dentro do Palácio Guanabara. Todas as imagens mostravam ele a pelo menos 400 metros do Palácio, não teria como ele acertar uma pedra àquela distância”, afirma Mondego.
Confira a entrevista:
Ponte – O que te motivou a ir ao protesto?
Jorge Hudson – Primeiro de tudo, eu não aguento mais ver criança morrendo. Eu tenho uma filha que vai fazer 4 anos mês que vem. Eu não vou esperar uma bala acertar ela aqui na minha comunidade. Se eu não falar agora e meter as caras em protestos, amanhã a minha filha vai ter que fazer para uma filha dela a mesma coisa que faço hoje. Uma hora tem que mudar. Eu estou fazendo algo para ela não ser mais uma vítima dessas balas e virar mais um número, entende? Mas ao chegar lá [no protesto], fui recebido da mesma forma que eu sou recebido aqui. Eles fazem aqui a mesma coisa que eles fizeram na rua. Eu estou ali não só por mim, mas pela minha filha, pela minha esposa, pela minha avó que está desempregada agora. E pelos policiais também. A gente já viu polícia contra polícia. Tempos atrás aqui no Rio de Janeiro, atrasaram o pagamento dos aposentados da polícia e teve protesto. A polícia militar desceu a porrada. É uma lavagem cerebral. Eles não analisam, eles só recebem ordens e fazem. Amanhã serão eles, aposentados, sem receber. Não é uma luta minha. É uma luta de todo mundo, deles também.
Ponte – O que você pensou quando viu o fuzil apontado para você?
Jorge Hudson – Você pensa na sua família, a sua vida passa toda na sua cabeça. A gente vai refletindo sobre tudo aquilo que está acontecendo. Um cara da mesma cor que você ali, tentando te eliminar.
Ponte – Alguém viu você entrando na viatura?
Jorge Hudson – Todo mundo viu. Eles abaixaram a minha cabeça, me botaram ali feito um cachorro e saíram arrancando com o carro. Alguém me falou ali que eles tinham que me falar para onde eu estava sendo levado. Perguntei e eles falaram que era para o 9º DP. Daí comecei a gritar pela janela “Vou para o 9º DP, meu nome é Jorge Hudson Alves da Silva. Se acontecer alguma coisa comigo, eu moro no Morro Santo Amaro”. Eu tinha que deixar avisado.

Ponte – O que você pensou quando estava dentro da viatura?
Jorge Hudson – A gente pensa muita coisa ao ver aquele policial com a arma no banco da frente. A gente sente um aperto no coração, imagina para onde eles estão nos levando, o que será que eles vão fazer. Mas eles me levaram certinho para o 9º DP. Todo mundo estava sabendo o que tinha acontecido e não tinha muito o que eles fazerem a não ser me levar para o destino correto. Até porque os advogados iriam me procurar na delegacia e, se eles não me achassem, o problema seria muito maior. Cheguei no DP, dei os meus dados, falei que minha ficha era limpa e eles viram isso.
Ponte – Em que momento você sentiu mais medo: com o fuzil apontado para a sua cabeça ou quando foi colocado na viatura?
Jorge Hudson – Quando fui para a viatura. Porque a arma na cabeça, querendo ou não, é uma coisa normal aqui onde eu moro. Não era para ser, mas, aqui na comunidade, as abordagens são todas assim. Mas a gente não tem como provar. Dessa vez, todo mundo fotografou e viu. Claro que a arma na cabeça traz um medo. Mas, de tanto ver gente sendo abordada e sendo abordado dessa forma na comunidade, é algo que a gente “acostuma” a ver, vamos dizer assim. Não era para a gente acostumar, mas a gente acostuma. Mas quando você está dentro de uma viatura com um policial que atentou contra a sua vida, sendo conduzido para algum lugar que até então era uma delegacia… gera mais medo.
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No protesto, seria um tiro fatal e acabou. Mas e se o policial está com raiva, me leva para outro lugar e me tortura, por exemplo? Some com o meu corpo, como já sumiram com o corpo de vários?
Ponte – Com que você trabalhava antes de fazer entregas em aplicativos?
Jorge Hudson – Trabalho com entregas há um ano e dois meses. Antes, eu trabalhava em uma academia, primeiro na área de limpeza e depois na manutenção. Eu sempre fiz de tudo: conserto porta, torneira. Até tinha trabalhado por um ano em cemitério – primeiro como auxiliar e, depois, como coveiro [diz, mostrando a carteira de trabalho na vídeo chamada]. Já limpei cemitério, já descarreguei caminhão, já fiz entrega. Já enterrei mais de duzentas pessoas e tirei os restos mortais de outras duzentas. Nunca matei ninguém, mas já enterrei um montão [risos]. Parei de trabalhar no cemitério quando minha esposa engravidou, porque eu não queria trazer bactérias para dentro de casa ou coisas mais agressivas para uma criança. Dois meses depois de sair da academia, estava ruim de achar emprego, aí me mostraram o aplicativo de entrega. Estou sobrevivendo disso. As pessoas criticavam e diziam que isso não era emprego, que eu não tinha direito nem benefícios. Mas, quando a pandemia apertou, todo esse pessoal que falava isso começou a trabalhar com entregas. Então, a situação que estava difícil, piorou.
Ponte – Como a pandemia afetou a sua renda familiar?
Jorge Hudson – O que estava ruim, piorou. Antes, eu conseguia, em média, R$ 60 por dia. Hoje, tenho que rodar o dia todo para ganhar R$ 20, se conseguir ganhar isso. E ficou ainda pior quando roubaram a minha bicicleta. Peguei ela emprestada com o meu tio para fazer as entregas. Três dias depois, quando fui sair para trabalhar, ela não estava mais onde eu tinha deixado, ali na frente do 9º DP, que fica perto aqui de casa. Mas daí não baixei a cabeça: segurei a onda com auxílio emergencial e fiquei um mês em casa por causa do coronavírus, porque não queria trazer doença para dentro de casa. Depois voltei a fazer entregas com a minha esposa, que ficou desempregada. Como tinham roubado a minha bicicleta, começamos a fazer entrega a pé. A gente pegava duas ou três entregas e ela me acompanhava nas entregas. Depois do protesto, a gente fez uma vaquinha virtual e conseguimos arrecadar dinheiro comprar uma bike motorizada. Agora acabou o sofrimento [risos].
Ponte – E com quem ficou a filha de vocês?
Jorge Hudson – Com a minha avó, foi ela que me criou. Eu moro na parte debaixo da casa da minha avó. Ela tem 61 anos e trabalha como manicure há 30.
Ponte – Você não consegue permanecer em casa com o auxílio emergencial?
Jorge Hudson – O meu auxílio emergencial está travado. No site do Data Prev, as quatro parcelas do meu auxílio emergencial foram aprovadas, mas eu só recebi a primeira. Na segunda parcela, fui declarado como sendo militar em exercício. Mas eu me alistei no Exército em 2011, servi como recruta em 2012 e saí em 2013. Tem muita gente com esse problema. Agora meu auxílio está sendo reavaliado. Mas eu não sou militar. Que militar tem várias tatuagens expostas assim que nem eu?

Ponte – E como vocês tem feito para pagar as contas?
Jorge Hudson – Agora vou comprar a bicicleta e voltar a fazer entregas. A comunidade onde eu moro é unida. Isso aqui foi cesta básica que eles me doaram [afirma, mostrando a cesta pela vídeo chamada]. Quem me doou isso aqui não foi o poder público, foi a comunidade. Ela criou um projeto, arrecadou e distribuiu. A gente é independente, porque se a gente dependesse de governo, ia morrer de fome. Isso aqui resultado da pandemia [diz, mostrando o freezer vazio pelo celular].É tudo gelo, não tem mais carne, mas a gente tem arroz e feijão. Estou tentando fazer entregas para pelo menos pagar a minha parte do aluguel para a minha avó conseguir ficar em casa na quarentena. É o mínimo. Infelizmente, no momento, não tenho como dar a grana que ela recebe como manicure, para ela ficar em casa. Esse é o sonho de qualquer favelado. Aí eu trabalho até as 18h e a minha tia também trabalha, mas no horário da janta, das 18h até umas 22h.
Ponte – Sua tia também trabalha com entregas por aplicativos?
Jorge Hudson – Não tem para onde correr. A gente tem que correr para ganhar R$ 4 ou R$ 5 em cada entrega, dependendo do cliente. A oportunidade que morador de comunidade tem é de entrar na boca de fumo. É só chegar ali e pegar uma arma, falar que eu estou revoltado porque o policial apontou um fuzil para a minha cara e que eu quero entrar para o crime. Meu pai morreu por isso, quando eu tinha seis meses de vida. Em vez de colocar uma arma na cintura e ensinar o errado para a minha filha, prefiro ir para a rua encarar o mundo, pegar uma bicicleta e pedalar para fazer entrega.
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O Vulgo Coletivo participou de um evento aqui na comunidade, organizado pelo coletivo Ademáfia, em dezembro do ano passado. Justamente no intuito de ajudar elas a não seguirem esse caminho errado. Distribuímos brinquedos para as crianças, teve gincanas, aulas de skate, exibição de fotos e poesia. Participei da filmagem e fiz poesia. Muita gente me diz que é perda de tempo fazer isso, porque as crianças vão crescer e ver que o crime é sedutor, dá poder e dinheiro. Mas o crime também leva à morte. Tudo aquilo não vale nada se você está morto. Eu falo para essas pessoas que, se tiver 50 crianças ali e pelo menos uma seguir um caminho diferente, a gente venceu.
Ponte – Como a arte te ajudou?
Jorge Hudson – Decidi trabalhar com a rima porque eu queria que as pessoas me ouvissem. Elas já tem os problemas delas. traga mais problema. Daí a gente junta uma palavra com a outra, faz a rima e bota ritmo. Porque música, as pessoas ouvem. Daí nasceu o Rap [“Ritmo e Poesia”, em inglês]. Com a música, apresentamos o que a gente tem: cesta básica, uma geladeira vazia, um fuzil apontado para a nossa cabeça, uma operação da polícia que mata inocentes. É o que a gente vive, vê, sente. A única forma de se combater armas e o racismo é o conhecimento.

Ponte – Como você sente o racismo no dia-a-dia?
Jorge Hudson – Sou morador de comunidade, sou julgado pelas minhas tatuagens. Quando eu entro no metrô, a pessoa do meu lado me olha e dá dois passos para o lado. Quando eu ando na rua, a mulher me vê todo tatuado, segura a bolsa e atravessa a rua. Eu entro no mercado e já escuto o segurança falando em códigos e esticando o pescoço para mim. Seria cômico se não fosse trágico.
Ponte – Após o protesto, teve gente tentando te acusar nas redes sociais?
Jorge Hudson – Teve gente revirando meu Facebook para tentar achar alguma coisa para falar que eu merecia aquilo tudo. Recebi alguns comentários falando que alguma coisa eu estava fazendo de errado para ter passado por isso. Teve gente que veio perguntar por que eu não estava usando máscara quando o policial me apontou o fuzil. Nem um escudo ali iria me proteger daquilo. O problema não era a falta de máscara, mas sim um fuzil apontado para a minha cara. Teve gente me acusando de ser arruaceiro, depredar, roubar lojas. Eu não fiz nada disso. Quem me deve são eles. Eles devem o meu auxílio, devem todo o dinheiro roubado da gente. Eles nos devem satisfações por tirarem as nossas vidas. Eles precisam nos ouvir e fazer alguma coisa para mudar isso.
Ponte – O que você deseja fazer agora?
Jorge Hudson – Tentar seguir uma vida normal. É complicado, porque todo mundo está me falando para tomar cuidado. Quem mora aqui sabe e me fala para abrir o olho ao andar na rua. Agora, pessoas me falam que eu fiquei famoso. Na moral, você ia querer carregar essa minha fama? Ter um alvo na sua cabeça? É o que eu tenho hoje. A porta da minha casa não segura seis ou sete policiais. Eu sinto medo. Mas vou voltar a trabalhar.
O auxílio de Hudson
A reportagem procurou o Ministério da Defesa para verificar se Jorge Hudson serviu o Exército e por quanto tempo. Por e-mail, a pasta respondeu que “disponibilizou a base de dados da folha de pagamento para o Ministério da Cidadania fazer o cruzamento de informações do CPF, já que a Pasta da Cidadania é a responsável pela análise dos requisitos de pagamento do auxílio emergencial. As inconsistências na suspensão do auxílio estão sendo apuradas e solucionadas no âmbito daquele Ministério.”
A Ponte também contatou o Ministério da Cidadania, que respondeu por e-mail, que as perguntas só poderiam ser respondidas pelo Ministério da Defesa. “É lá que você vai descobrir se ele serviu ao Exército; quanto tempo durou o serviço prestado por ele e qual a patente que ele ocupou. Da parte do Ministério da Cidadania, podemos afirmar que todas as solicitações que estão em análise ou reanálise passam pelos filtros de checagem, permanentemente aprimorados, para chegar aos elegíveis de forma segura e evitar o pagamento àqueles que não têm direito de receber”, disse a nota.
O que diz a polícia
Por e-mail, a Polícia Civil afirmou à Ponte que Jorge Hudson “atirou pedras nos policiais” e que foi “aberto um registro de dano ao patrimônio público para apurar autoria de uma viatura apedrejada”.
Questionada pela reportagem o que motivou o policial a apontar o fuzil para Jorge Hudson e qual o encaminhamento dado a ele pela corporação, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que “o policial das imagens responderá administrativamente por ter desrespeitado o protocolo interno ao apontar seu armamento para um manifestante.”
A reportagem também questionou se esse policial continua em atividades na corporação. A Polícia Militar respondeu que ele “está exercendo suas atividades nas ruas, estando à disposição para atuar diante das determinações a serem direcionadas com base das necessidades estratégicas do comando.” Segundo o advogado que representa Jorge Hudson, Rodrigo Mondego, foi marcada uma audiência no Juizado Especial Criminal em outubro.
