Durante ato em prol do jovem negro preso no Rio, ativistas de São Paulo marcharam até Cracolândia e pediram fim da violência de Estado na região
Na noite de ontem (31/7), véspera do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Rafael Braga, o Movimento Negro de São Paulo, organizado através da Frente Alternativa Preta, realizou um ato na região central da capital paulista pela liberdade do ex-catador de latas.
Homens e mulheres dividiram o microfone em frente ao Theatro Municipal, na República,onde expuseram detalhes sobre o caso e discutiram a questão racial sob a ótica do encarceramento da população preta e pobre.
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Enquanto as falas ecoavam da escadaria do teatro, chegou a notícia de uma nova ação da Guarda Civil Metropolitana na região da Cracolândia. O movimento, então, resolveu deixar o Theatro e ir até lá.
Na Cracolândia, a marcha foi recebida por moradores da região que denunciaram atos de violência policial que teriam ocorrido minutos antes. Usuários pegaram o microfone preso a um pequeno carrinho de mão e juntaram-se ao militantes que declamavam poesias contra as forças do Estado.
Em conversa com os comandantes da Guarda Civil Municipal, lideranças do movimento exigiram a garantia da segurança dos usuários e a saída dos agentes públicos do local. Logo após o diálogo, grande parte das viaturas deixou o local.