Audálio Dantas, um dos mais respeitados repórteres do Brasil, fala à Ponte Jornalismo sobre sua trajetória profissional, direitos humanos e o futuro do jornalismo

O jornalista Audálio Dantas, 87 anos, fala à Ponte Jornalismo, em entrevista exclusiva, sobre sua trajetória profissional, a relação direta entre jornalismo e direitos humanos e os rumos da imprensa.
Um dos mais respeitados jornalistas do Brasil, Dantas foi premiado pela Organização das Nações Unidas por uma série de reportagens sobre a região Nordeste publicadas pela revista Realidade.
Além de prêmios e livros, foi o jornalista que descobriu os textos da escritora Carolina Maria de Jesus. Convocado para escrever uma reportagem sobre a favela do Canindé, Dantas se deparou com a linguagem sofisticada dos diários daquela mulher. Por suas mãos, os diários tomaram forma de livro e “Quarto de Despejo” foi publicado na década de 1960. A obra virou best-seller no Brasil e foi lançada na Europa e América do Norte.
Sua militância pelos direitos humanos foi de extrema importância durante a ditadura militar e como presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo denunciou desaparecimentos e torturas sofridas por jornalistas.
O caso mais notório foi a denúncia da morte de Vladimir Herzog retratada no livro “As Duas Guerras de Vlado Herzog” (Editora Civilização Brasileira, 406 págs, R$ 49,90).
Reportagem, imagens e edição: Maria das Neves Martinez e Karla Dunder
Pós-Produção: André Zampieri