Gilvan Artur Leal, vítima de um AVC, era testemunha-chave do assassinato do carroceiro Ricardo Nascimento Silva
Enquanto muitos paulistanos voltavam pra casa depois do trabalho, no largo da Batata, zona oeste da capital, ocorria a missa de sétimo dia pela morte de Gilvan Artur Leal, conhecido como Piauí. O carroceiro era amigo e testemunha-chave do assassinato de outro carroceiro, Ricardo Nascimento Silva – este, morto por um policial militar. A missa foi realizada no bairro de Pinheiros, região onde os dois amigos residiam até pouco menos de duas semanas atrás.
Conduzida pelo padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, a missa recebeu diversos moradores da região, ativistas dos direitos humanos e, principalmente, os familiares do catador. Em homenagem, todos vestiam uma camiseta branca com seu apelido carinhoso e sua imagem, retirada da última fotografia feita do trabalhador ainda em vida.
Entre as falas das autoridades presentes, era possível acompanhar o ritmo das lágrimas que escorria em vários olhares. Um misto de tristeza e revolta era o sentimento que soava entre os presentes. Ao final da missa, do lado de fora da igreja, Piauí recebeu uma homenagem do grupo de Capoeira, Nzinga.
Veja fotos da homenagem: