Quatro anos depois da ocorrência, corporação considerou que Vitor Sacramento e Guinters Oliveira cometeram infrações graves ao serem flagrados bebendo em horário de serviço a 100 metros do batalhão em que trabalhavam em SP
O Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo demitiu da corporação dois soldados por consumo de bebida alcoólica dentro da viatura durante horário de serviço. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (19/9).
A corporação considerou que Vitor Clímaco Sacramento e Guinters Lemos de Oliveira cometeram atos atentatórios à instituição e ao Estado e falta disciplinar de natureza grave por “fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de substância proibida, entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob administração policial-militar”. Recaiu, ainda, para Guinters, a falta de desrespeitar as leis de trânsito, considerada de nível médio no regimento disciplinar da PM, já que ele era o motorista da viatura.
A Ponte revelou em 2020 que a dupla foi presa em flagrante a pouco mais de 100 metros do 43º Batalhão da PM, onde trabalhavam, na região do Jaçanã, zona norte da capital paulista.
Segundo o registro da ocorrência, uma patrulha da corregedoria da corporação recebeu a denúncia de que a dupla estaria fazendo o consumo de bebidas na altura do número 94 da Rua Michel Ouchana e foi até o local. Os policiais foram submetidos a exames no Hospital da PM e tiveram a embriaguez constatada.
Na época, Vitor foi autuado por prevaricação, que é quando o funcionário público deixa de exercer sua função, cuja pena no Código Penal Militar varia de detenção de seis meses a dois anos. Já Guinters foi autuado por conduzir a viatura sob efeito de álcool, crime no Código Brasileiro de Trânsito que prevê pena de prisão de seis meses a três anos, além de multa e suspensão da carteira de habilitação.
O que dizem as autoridades
A Ponte procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para saber se os policiais responderam também a investigação na Polícia Civil sobre o caso, mas não teve retorno até a publicação.
A reportagem procurou o advogado Bruno Salla Rodrigues, que representa os policiais, mas não houve resposta. Caso se manifestem, o texto será atualizado.