Facebook da PM bate boca com suposto policial da Rota

    Perfil em rede social da corporação afirmou ao suposto agente que ‘roupa suja se lava em casa’ e ainda recomendou: ‘seja maduro…’. Discussão ocorreu mesmo após governador Geraldo Alckmin ter orientado que a página fosse apenas informativa

    rotaxpmApós comparar adeptos da tática black bloc a integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o Facebook oficial da PM (Polícia Militar) voltou a emitir opinião. Isso, mesmo depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ter orientado o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para que esses tipos de post e comentário não voltassem a ocorrer. O bate boca aconteceu por volta das 18h desta quinta-feira (15).

    Desta vez, a rede social, administrada pela Comunicação Social da Polícia Militar, discutiu com um suposto policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que criticava a postura da PM sobre a reunião operacional da corporação para o 2º protesto do MPL (Movimento Passe Livre), que será realizado nesta sexta-feira (16), em São Paulo. “Oficial é oficial. Não muda. Não se impõe. Não faz valer a lei. Os oficiais, principalmente de áreas metropolitanas, se preocupam apenas em dar satisfação para a imprensa, ao invés de transmitir à tropa, segurança”, afirmou o usuário da rede social que diz trabalhar na Rota em sua descrição pessoal.

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    O Facebook oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que tem mais de 573 mil curtidas, afirmou que “roupa suja se lava em casa”. A rede social ainda recomendou: “Seja maduro…”. Após ser retrucado pela PM, o suposto agente da Rota afirmou que tem o direito garantido na constituição de se expressar. Para ele, foi “no mínimo, infeliz, a atitude de quem optou em responder”. “Ser maduro? Deveria a PM atentar mais à tropa, que está desmotivada, sem apoio e sem referência no comando. Nunca na história da PM, morreram tantos policiais na mão de bandidos como nas últimas gerências da PM. Ou tô sendo imaturo em dizer isso?”, contestou.

    “Façam um levantamento e irão constatar que, há cerca de 8 anos, a tropa vem sendo morta em % acima de outras épocas. Por que será? Por que não perguntam para a tropa se ela está satisfeita com as condições atuais? E vêm aqui e me ameaça,: ‘olha, roupa suja se lava em casa…’. Sou cidadão civil PMESP. Não sou subordinado de vocês. Prestem mais atenção, por gentileza”, complementou.

    A discussão entre o suposto policial e o Facebook da PM gerou um debate na página da corporação, inclusive, entre alguns policiais e civis. A discussão girou em torno de diversos assuntos, entre eles, a desmilitarização da Polícia Militar, críticas ao governo estadual e ao novo comando da PM e da Secretária da Segurança Pública, chegando até mesmo à facção criminosa PCC.

    Confira como foi a discussão:

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