Manifestantes homenagearam a ativista Heather Heyer diante do Consulado dos EUA em São Paulo, nesta segunda-feira (21/8)
Um grupo de manifestantes antifascistas foi até o Consulado Geral dos EUA, na zona sul de São Paulo, na noite desta segunda-feira (21/8), para realizar uma homenagem a Heather Heyer, ativista americana assassinada no dia 12 por um militante racista, na cidade americana de Charlottesville.
Levando velas, flores e cartazes, os ativistas gritaram palavras de ordem contra a intolerância, o nazismo, o racismo e a xenofobia: “Fuck Trump”, “Nazistas, fascistas, não passarão” e “Heather Heyer presente“. Na calçada, acenderam velas e deixaram um “painel de solidariedade à companheira Heather”, com uma foto da jovem.
Assistente jurídica e militante dos direitos humanos, Heather participava de uma manifestação contrária a um ato convocado por racistas que gritavam contra negros, imigrantes e judeus, quando um dos “supremacistas brancos” avançou com seu carro contra a multidão e a atropelou.
Os antifascistas que participavam da homenagem contam que, por volta de 20h30, enquanto faziam seus cartazes, foram abordados por duas viaturas da Polícia Militar. Os PMs questionaram o que faziam e exigiram que um dos militantes informasse o RG para que o ato pudesse prosseguir.
Segundo o relato dos ativistas, depois que concluíram a montagem do painel, por volta das 22h, seguranças do Consulado foram até eles, acompanhados da polícia, e exigiram que retirassem tudo: flores, velas, cartazes. Disseram que ali era “um território estadunidense” e que a homenagem estaria “perturbando a ordem do local”. O grupo, então, levou os objetos para a calçada oposta, onde concluiu a homenagem.