Informação de resgate de líder do PCC faz juiz pedir interdição de aeroporto em SP

    Ofício da Justiça indica que facção criminosa estava arquitetando um plano para libertar integrantes presos na P2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo

    Com medo de um possível resgate de líderes do PCC, o juiz corregedor dos presídios de Presidente Venceslau, Gabriel Medeiros, determinou a interdição por 20 dias da pista do aeroporto municipal da cidade, localizada no interior de São Paulo. A pista fica próxima à penitenciaria 2 de Presidente Venceslau, a chamada P2, onde estão recolhidos os chefões do PCC (Primeiro Comando da Capital), entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pelo Ministério Público como o número 1 da organização criminosa.

    O magistrado enviou um ofício ao prefeito da cidade, Jorge Duran, solicitando as providências em caráter de urgência. No documento, o juiz explica que recebeu “informações acerca de possível movimentação arquitetada por conhecida facção criminosa cujos seus líderes encontram-se recolhidos na penitenciária acima”. Em outro trecho, Gabriel Medeiros escreve que reconhece o impacto do fechamento do aeroporto, mas ao mesmo tempo  pede a “compreensão em razão do momento em que estamos vivendo nesta cidade. A medida se mostra absolutamente necessária, pois evitará problemática maior”.

    Veículos da PM vão em carreata para aeroporto de Presidente Venceslau (SP) | Foto: arquivo pessoal

    Essa é a segunda vez que a Polícia Militar manda equipes do Choque e várias viaturas da Rota para Presidente Venceslau com o objetivo de evitar possível resgate de integrantes da mesma facção. Em outubro de 2010, também no período de eleições presidenciais, ao menos quatro equipes da Rota foram deslocadas para a região. Os policiais exibiam armamento pesado como fuzis, metralhadoras e escopetas. Outros dois helicópteros águia da PM foram deslocados para a cidade.

    Além de Marcola também estão presos na P2 Daniel Vinicius Canônico, o Cego, e Valdeci Francisco da Costa, o CI, Kleber Marcelino Dias, o Klebinho. Presidente Venceslau também abriga outro presídio perigoso, a Penitenciária 1, onde estão presos os advogados condenados na Operação Ethos e acusados de integrar o braço jurídico do PCC.

    Juiz acredita que proximidade de penitenciária com aeroporto poderia facilitar fugas

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