Vídeo mostra mãe no hospital depois do crime; testemunhas alegam que homem teria gritado o nome de Bolsonaro após efetuar os disparos
Charlione Lessa Albuquerque, 23 anos, estava ao lado da mãe em carreata a favor do presidenciável Fernando Haddad (PT) em Pacajus, na Grande Fortaleza, quando foi morto a tiros. O jovem era filho de Maria Regina Lessa, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário (CNTRV/CUT), trabalhava como servente de pedreiro e não tinha antecedentes criminais.
Em nota à Ponte, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) informou que os disparos foram efetuados por um homem, que estava em um veículo Gol de cor branca e fugiu logo após o crime.
Um vídeo obtido pela reportagem mostra o desespero de Maria Regina no hospital depois do assassinato do filho. Nele, testemunhas pedem justiça e garantem que não vão se calar diante de Bolsonaro.
A Confederação se manifestou, por meio de nota oficial, e relatou que o atirador é eleitor de Bolsonaro. “Segundo testemunhos, um seguidor do candidato Bolsonaro (PSL) desembarcou de um carro e disparou vários tiros contra a manifestação. Após os disparos, o assassino bradou orgulhoso o nome de Bolsonaro”.
A SSPDS reforçou que equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) estão à procura do atirador. Além disso, confirmaram que a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) esteve no local da ocorrência, realizando os levantamentos periciais.
A CNTRV/CUT ainda exigiu, por meio da nota oficial, que as autoridades respondam ao crime com rapidez. “A CNTRV exige das autoridades cearenses e nacionais a rápida prisão do assassino e demais participantes do crime e espera explicações do candidato do PSL à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, cujos seguidores agem de forma extremamente violenta, impulsionados por seu discurso de ódio e intolerância contra opositores”.