Amigo contesta versão policial e diz que vítima foi agredida; delegada pediu exame toxicológico
A jovem Yasmin Montoy, de 20 anos, estava começando o processo de adequação de sexo. Ela iria completar 21 anos no dia 16 e estava juntando dinheiro, aos poucos, para colocar silicone nos seios. Um sonho que já estava perto de ser realizado.
Porém, a trajetória foi interrompida na madrugada de segunda-feira (10), nas proximidades do Parque do Carmo, zona leste de São Paulo. Um amigo de Yasmin, que preferiu não se identificar, disse que viu os ferimentos de agressões e pauladas no corpo da amiga. Ele diz acreditar em crime de transfobia.
O registro policial, no entanto, fala em “morte suspeita”. Os policiais relataram que foram chamados para uma ocorrência de “indivíduo passando mal” e, quando chegaram ao local, na Travessa Maria Morais Moreira, Yasmin estava sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros, que constatou a morte em seguida.
A versão do boletim de ocorrência, registrado no 63º Distrito Policial, de que o corpo não tinha sinais de violência, é contestada pelo amigo de Yasmin.
— No boletim de ocorrência não diz que teve agressão física, mas é claro. Ela fazia rua e estava mais exposta. Pode ser um suposto cliente, mas às vezes pode ser os caras que estavam passando fazem só pela maldade.
Como uma das testemunhas relatou que a jovem fazia uso de lança-perfume, a delegada responsável pelo registro, Magali Quedas de Almeida Ramos, solicitou exame toxicológico e de dosagem alcoólica. O caso foi encaminhado para o 103º Distrito Policial.
Procurada pela reportagem da Ponte Jornalismo, a família da vítima não se pronunciou sobre a morte.
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