Acusado de agir como ‘justiceiro’, PM é condenado a 14 anos de prisão

    Policial ainda é investigado por outros oito homicídios

    PM foi condenado a 14 anos de prisão | Foto: Reprodução/TJ-SP

    O policial militar soldado Eduardo Alexandre Miquelino foi condenado segunda-feira (07/08) pela Justiça de São Paulo a 14 anos de prisão e à perda do cargo público.

    Para o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), denunciante, o PM é responsável pelo homicídio de Carlos Cotrim da Silva, em dezembro de 2014, no Capão Redondo, zona sul paulistana.

    Segundo a denúncia apresentada pelo promotor Flávio Farinazzo Lorza, o soldado era conhecido como “justiceiro” na região onde cometeu o crime.

    Ainda de acordo com o MP-SP, no dia em que foi morto, Carlos estava conversando com vizinhos na rua quando o militar chegou de motocicleta e atirou “diversas vezes” contra o homem, que não conseguiu oferecer nenhuma resistência.

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    A Promotoria aponta que o crime foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Por isso, o militar deve cumprir a pena em regime inicial fechado e não poderá recorrer em liberdade.

    Na sentença, a juíza Patricia Inigo Funes e Silva, da 3ª Vara do Juri do Fórum Criminal de São Paulo, explica que é “incabível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, visto que o crime foi cometido com violência contra a pessoa e em razão do montante da pena”.

    O TJM (Tribunal de Justiça Militar) de São Paulo ainda aponta que o soldado Miquelino é investigado por outras oito mortes na capital paulista. Nesses casos, as vítimas foram assassinadas entre abril e setembro de 2015.

    Outro lado

    Procurada pela Ponte Jornalismo, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) disse que “não comenta decisões judiciais”. E afirmou que o policial militar Miquelino “está preso preventivamente desde 2015, no Presídio Romão Gomes. O policial responde a um processo administrativo pela morte de José Carlos Cotrim da Silva, que pode resultar em sua demissão”.

    A repostagem também procurou os advogados Liliana Aparecida de Campos e Paulo Cesar Pinto, que defendem o PM no processo, mas não teve as ligações telefônicas atendidas.

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