Rodrigo Candido Cerqueira, de 13 anos, estava com um amigo quando foram perseguidos por policiais militares. Morte de menino causou protestos e moradores da zona sul queimaram um ônibus
A mãe do adolescente Rodrigo Candido Cerqueira, de 13 anos, disse acreditar que o filho tenha sido morto pela Polícia Militar como forma de vingança. O menino foi baleado durante uma abordagem no sábado (29/11), na avenida Dom Rodrigo Sanches, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, quando voltava de uma festa com um amigo em uma moto.
Adriana Candido Cerqueira, de 35 anos, conversou com a reportagem da Ponte nesta segunda-feira (1°) e contou que no começo do ano o filho tentou furtar um carro no bairro.
Na ocasião, policiais quebraram a perna dele, mas o liberaram. Já no sábado, ele foi abordado na mesma avenida, mas acabou assassinado. “Eu não sei o que aconteceu, mas falaram que eles foram parados na mesma avenida da outra vez, não estavam armados, e acho que eles [policiais] decidiram se vingar. Eu sinto que foi vingança”.
Rodrigo estava na garupa de uma moto dirigida por outro adolescente, de 15 anos, que conseguiu fugir. Segundo testemunhas, eles ficaram com medo de parar por conta da violência praticada recentemente pelos policiais na região e por serem menores de idade.
No boletim de ocorrência, a PM informou que às 4h43 abordou dois indivíduos em uma moto e que eles se recusaram a parar, além de efetuar disparos contra a viatura. A PM informou, ainda, que o menino de 13 anos foi baleado e o socorro chamado imediatamente, mas ele acabou morrendo no local. O outro adolescente fugiu e os militares não fizeram a perseguição porque aguardavam o socorro para o ferido.
Adriana é mãe de seis filhos, três meninos e três meninas, e disse que além de Rodrigo, outro filho dela estava na festa. “Meu outro filho estava lá. Os meninos só não voltaram juntos. Eu não sei o que aconteceu, mas achei tudo isso uma barbaridade. Que levassem meu filho preso, ou o que fosse, mas não precisava matar. Como mãe eu vejo isso como um gesto muito cruel”.
Revoltados, moradores queimaram um ônibus coletivo da empresa Campo Belo que fazia a linha 6820/10 Terminal Capelinha/Jardim das Rosas no sábado, na altura do número 230, da avenida Felipe Carrilho Puerto, como forma de protesto. O corpo do adolescente foi enterrado no domingo (30/11) no cemitério Jardim da Paz, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
O pobre garotinho de 13 anos (reparem bem, 13) somente tentou furtar um carro? Pobrezinho…ele não tinha carro! Culpa de todos nós que não damos carros para garotinhos e eles não tem como adquiri-los. Mas o bravo gestor deste Blog vai resolver tudo contra os maléficos policiais que, ao acordarem, resolveram matar um menininho. Afinal, a profissão policial é muito aborrecida…quase nada acontece e, de vez em quando é necessário fazer uma maldade. Tomem vergonha na cara! É por causa de pessoas como vcs que o Brasil está indo para o vinagre.
Quem vê cara não vê coração…