Promotoria afirma que o grupo de extermínio ‘Ninjas’, de policiais militares, atua no litoral norte de São Paulo há anos; agentes podem ser condenados até 100 anos de prisão
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) ofereceu nesta quarta-feira (14) acusação formal à Justiça contra dois PMs (policiais militares) acusados de serem integrantes de um grupo de extermínio que atua há anos na cidade de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.
A Justiça Criminal recebeu a denúncia nesta quinta-feira (15) e determinou a prisão preventiva dos dois policiais. Em caso de condenação, cada um deles está sujeito à pena que pode variar de 44 a mais de 100 anos de reclusão. O processo tramita sob segredo de Justiça. Por isso, os nomes dos PMs foram preservados.
Diversas investigações da Delegacia Seccional de Polícia de São Sebastião apontam que os “Ninjas”, como eram conhecidos, são responsáveis por várias execuções ocorridas nas cidades de Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba.
Além do crime de “constituição de milícia privada”, os policiais militares também são acusados de matar três jovens e tentar matar um outro na noite de 14 de setembro, no Bairro do Tinga, em Caraguatatuba.
À época dos fatos, a Polícia Civil informou que três homem armados passaram no local atirando contra as vítimas que estavam em um bar. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, encontrou duas pessoas mortas e outras duas gravemente feridas. A terceira vítima morreu no hospital. Apenas um sobreviveu.