Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que celular de onde partiu a ordem para ação está no nome de um detento
A ordem para que criminosos atacassem o prédio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) de Sobral, no Ceará, na madrugada do último domingo (25/3), partiu de um telefone celular cujo número está cadastrado em nome de um detento da Penitenciária Industrial Regional da mesma cidade, localizada a cerca de 230 quilômetros de Fortaleza. A informação é da secretaria estadual da Segurança Pública e Defesa Social.
Segundo a pasta, após identificarem o número do telefone usado por pessoas que ligaram ameaçando atear fogo na sede do Ciops, em Sobral, policiais civis e militares chegaram ao nome de José Fábio Alves da Silva Maciel, que já cumpre pena por tráfico e furto.
Ao vistoriar a cela do preso no domingo, agentes informaram ter encontrado drogas e telefones celulares, incluindo o aparelho usado para ordenar o ataque. Outros seis suspeitos de participar das ações criminosas foram detidos entre sábado (24/3) e no domingo. De acordo com a PM, cinco deles foram detidos portando galões ou garrafas de gasolina. O sexto carregava uma pistola calibre 380, com 13 munições, e é suspeito de participar dos disparos efetuados contra a sede da Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor), em Fortaleza.
Em nota, a Secretaria estadual de Segurança detalhou as medidas de segurança implementadas desde o último sábado. Com o apoio da Guarda Municipal, o policiamento foi reforçado nas principais vias de circulação de ônibus da capital. Viaturas policiais, incluindo motocicletas, foram distribuídas por pontos estratégicos indicados pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus).
A segurança também foi reforçada em terminais de ônibus e nas imediações de garagens das empresas de ônibus. Duas aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) também participam da ação, sobrevoando as áreas pré-definidas pelos órgãos responsáveis.
De acordo com a Secretaria estadual de Segurança, não houve registro de novos ataques na madrugada de hoje (26). A investigação dos ataques está a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil. Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, as ações criminosas podem ser uma reação à proposta de instalação de bloqueadores de celulares em presídios – projeto que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.