Há 21 anos, a avenida Paulista recebe a Parada do Orgulho LGBTTI para reafirmar discurso de respeito à diversidade sexual no país que ainda mais mata trans e travestis
A Avenida Paulista ficou colorida de vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e lilás para pedir respeito à diversidade sexual na 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTT de São Paulo, que, de acordo com os organizadores, reuniu 3,5 milhões de pessoas. O evento é organizado pela APOGLBT, Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo) e a importância dele é evidenciada por números: o Brasil ainda é o país que mais mata por motivação sexual.
Segundo o último levantamento, do Grupo Gay da Bahia (GGB), mais antiga associação de defesa dos homossexuais e transexuais do Brasil, 2016 foi o ano com o maior número de assassinatos da população LGBTT desde o início da pesquisa, há 37 anos: foram 347 mortes. A homofobia ainda é o que mais mata, sendo responsável por metade das mortes.
Com a defesa ampla da diversidade “religiosa, humana e cultural”, de acordo com os organizadores, a edição da parada aconteceu como celebração da alegria de ser quem se é ou deseja ser e como manifesto legítimo de que a população LGBTT não vai se calar diante das violações de direitos, que ocorrem cotidianamente. Além disso, a organização fez questão de lembrar que o “Estado é laico e nenhuma religião deve ditar qualquer lei ou determinação”, em clara referência à bancada evangélica, que tem ganho cada vez mais força no Congresso Nacional.
Veja a galeria de fotos da Ponte Jornalismo: