PM de folga atira na cabeça de homem durante briga no litoral de SP

Caso ocorreu na município de São Sebastião na madrugada desta sexta (28)

O soldado Tiago Apolinário Gomes Filho, da Polícia Militar de São Paulo, atirou na cabeça de Gilberto Oliveira da Silva na madrugada desta sexta-feira (28/1) após uma briga no bairro São Francisco, no município de São Sebastião, litoral norte do estado de São Paulo. O momento do disparo foi flagrado por uma câmera de segurança. Nas imagens, além do tiro, é possível ver uma pessoa chutando a vítima mesmo depois de ela ter caído no chão.

Os policiais fazem parte da Operação Verão e estavam de folga na noite de quinta-feira (27/1). Apolinário aparece nas imagens sem camisa e apenas de bermuda. Segundo talão de ocorrências da PM ao qual a Ponte teve acesso, ainda estavam no local os PMs Gilson de Lima Garcia e Leonardo Zambelle.

Durante a confusão, que envolve ao menos sete pessoas, uma mulher tenta separar a briga, mas não consegue. Gilberto aparece nas imagens trocando soco com os policiais durante a maior parte do vídeo.

Em dado momento, Gilberto é encurralado contra a parede e tira a camisa que já estava rasgada em sua maior parte. É neste momento que Tiago Apolinário retira uma arma de dentro da bermuda e desfere um disparo. Vendo Gilberto no chão, um dos participantes da briga o chuta.

Segundo funcionários do Pronto Socorro de São Sebastião, Gilberto Oliveira da Silva deu entrada na unidade de saúde no início da madrugada com um tiro na cabeça. No começo da manhã ele foi transferido para o Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. A reportagem tentou contato com o centro médico para saber o estado de saúde da vítima, mas não obteve êxito.

Ao ver as imagens da ação dos policiais, o ouvidor das policias de São Paulo, Elizeu Soares, garantiu que irá requisitar a apuração rigorosa da Corregedoria da PM e também acionar Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Ministério Público de São Paulo.

Ajude a Ponte!

A Ponte entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria e Segurança Pública de São Paulo pedindo um posicionamento da pasta e da corregedoria da Polícia Militar sobre o caso, mas até o momento não obteve resposta.

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