PM é preso após matar publicitária diante da filha de dois anos

    Guilherme Carvalho de Oliveira acertou um tiro no pescoço de Maria Cláudia Pedace durante confusão em posto de gasolina

    Publicitária teve o pescoço atingido pelo disparo | Foto: Reprodução

    O policial militar Guilherme Carvalho de Oliveira, 20 anos, foi preso em flagrante pelo assassinato da publicitária Maria Cláudia Pedace, de 33 anos, na madrugada domingo (12/2), em um posto de gasolina na Vila Ré, zona leste da capital paulista. A vítima foi atingida por um disparo na cabeça.

    Oliveira será investigado pelo 10º DP (Penha) por homicídio doloso, em que há a intenção de matar. Além do inquérito criminal, o soldado de segunda classe responderá em processo administrativo aberto pela Corregedoria das Polícias, cuja pena pode ser sua expulsão da corporação. Ele foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes.

    Uma confusão em um posto de gasolina antecedeu o crime. Maria Cláudia Pedace estava no banco do passageiro de um carro com o namorado e a filha, de dois anos, enquanto um grupo de vinte pessoas estava reunido. Ao tentar sair do local, o veículo passou sobre o pé de uma mulher, que chamou seus amigos, entre eles o policial, e este chegou para tirar satisfação com arma em punho. O agente efetuou um disparo na direção do veículo, atingindo o pescoço da publicitária, que não resistiu ao ferimento e morreu.

    Guilherme Carvalho de Oliveira fugiu em seguida. Sua prisão aconteceu quando se apresentou normalmente para o trabalho em uma base de policiamento comunitário no Tatuapé, na qual está lotado.

    “De acordo com o conjunto probatório apurado neste juízo de cognição sumaríssima, verifica-se a existência de indícios suficientes de autoria e certeza da materialidade do fato, já que embora não tenha sido reconhecido por ninguém, um dos carregadores que o indiciado portava está com uma munição faltante”, aponta o Boletim de Ocorrência registrado no 10º DP.

    O namorado da vítima tentou socorrer Maria Cláudia. Após perceber o ferimento, acelerou o veículo em direção a um dos hospitais na Vila Nhocuné, o mais próximo de onde estavam, mas perdeu a direção do veículo após passar sobre tartarugas da via e dois pneus do veículo estourarem. Após a chegada de uma viatura da Polícia Militar, ele se recusou a fazer teste do bafômetro alegando não ter bebido e estar em estado de choque — exame realizado pela manhã de domingo deu resultado zero para álcool no sangue.

    Ele alegou não ter visto a mulher antes de passar sobre o seu pé e, por conta disso, saiu normalmente com o veículo do posto antes de o disparo ocorrer. Amigos da mulher alegaram a tentativa de fuga do namorado, mas, conforme depoimento de outras testemunhas próximas ao local, o carro estava em baixa velocidade tanto antes quando após a confusão.

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