Policial viu colega armado próximo de uma farmácia, pensou se tratar de um assaltante, fez a abordagem e houve troca de tiros
O soldado da Polícia Militar Silvio Fernando Bento de Oliveira matou o colega, o também soldado Altires Souza da Silva ao suspeitar que ele fosse assaltar uma farmácia, em Guarulhos, cidade na Grande São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (29/1). Oliveira viu Altires com uma arma na mão e, ao abordá-lo, houve troca de tiros. O PM morreu após ser socorrido.
Segundo uma testemunha que acompanhava a vítima, o policial morto estava bebendo em um bar quando decidiu ir embora por volta das 5h30. No caminho para o carro, Altires estava com a arma em punho passando próximo de uma farmácia na Avenida Paulo Faccini, número 401, o que gerou a suspeita de Oliveira, que ia de carro à uma padaria da região, conforme consta no boletim de ocorrência do caso.
O policial desceu do carro porque achou que Silva estava em atitude suspeita. O PM abordado levantou a arma e Oliveira realizou quatro disparos “em legítima defesa”, conforme declarou aos PMs que patrulhavam a região e foram ao local ao ouvirem os disparos. Imagens de câmera de segurança obtidas pela Ponte flagraram a troca de tiros. A suspeita era de que o estabelecimento poderia ser roubado.
Socorrido e levado ao Hospital Geral de Guarulhos, o soldado Silva não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele estava em posse de uma pistola calibre .40 e a funcional de policial militar. Exame pericial foi pedido e o caso informado para a Corregedoria da PM.
Procurada pela reportagem, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) informou que um inquérito policial foi aberto no 1º DP (Distrito Policial) de Guarulhos e o caso será investigado pela Polícia Civil.
“O registro da ocorrência está em andamento, testemunhas foram ouvidas e a equipe policial busca por imagens e outras testemunhas que possam colaborar com as investigações”, explica a pasta, em nota.
A Polícia Militar instaurou inquérito policial militar para “apurar os fatos” e a Corregedoria da PM também acompanha as investigações, ainda segundo o documento.