Segundo a Polícia Civil, homem que estava preso a uma barra de ferro conseguiu escapar, tentou agredir policial e foi baleado duas vezes
Um policial militar matou Maroedes Aparecido Beira, detido e algemado, dentro do 31º Distrito Policial (Vila Carrão), zona leste de SP, por volta das 3h deste domingo (25/06).
A versão da PM, corroborada pela da Polícia Civil, é de que o suspeito estava preso por duas algemas em uma barra de ferro chumbada na parede. Ele arrancou a barra da parede à força e tentou agredir os PMs, que atiraram duas vezes.
O caso é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Segundo a polícia, Beira havia agredido um motorista e cobrador de ônibus na zona leste. Ele estaria embriagado e, com a chegada dos PMs, tentou fugir.
Localizado e detido, Beira teria xingado os policiais e tentando pegar a arma de um deles. Assim, foi conduzido até o 31º DP, onde foi algemado na barra de ferro.
Ainda de acordo com a versão policial, o suspeito, assim que se livrou da barra de ferro, foi para cima de duas mulheres que aguardavam no balcão de atendimento da delegacia.
Depois, na parte de fora do DP, tentou agredir o PM, que disparou.
Beira chegou a ser socorrido, mas, a caminho do hospital, não resistiu aos ferimentos.
Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública), que tem a empresa particular CDN Comunicação como responsável por sua assessoria de imprensa, enviou a seguinte nota:
“A SSP informa que, na madrugada deste domingo (25), policiais militares em patrulhamento no bairro Água Rasa, Zona Leste, foram acionados por uma vítima de agressão e detiveram o autor, Maroedes Aparecido Beira. Conduzido ao 31º DP, ele foi algemado a uma barra de ferro, o que é o procedimento padrão nessa situação. O homem, alterado, conseguiu romper a barra e avançou contra três pessoas que estavam na delegacia. Para protegê-las, um PM atirou contra o autor. Foi acionado socorro, mas ele não resistiu. A arma do policial, a barra de ferro e as algemas foram encaminhadas para perícia. O caso foi registrado como tentativa de homicídio, por parte de Maroedes, e morte decorrente de oposição à intervenção policial. Foi instaurado inquérito pelo DHPP, com acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar, para apurar o caso, como é de praxe em ocorrências envolvendo policiais que resultam em morte.”