Segundo a corporação, 6 de cada 10 casos aconteceram durante tentativas de assalto. PMs em serviço se envolveram em 4 confrontos, em média, por dia, em 2014
O comandante-geral da Polícia Militar paulista, coronel Benedito Meira, carrega em seu tablet uma planilha com os dados referentes à mortalidade dos integrantes da corporação. Desde o início do ano até a semana passada, foram 152 ataques à vida de PMs da ativa ou da reserva, com 60 mortos. Seis de cada dez casos (88) aconteceram durante tentativas de assalto, segundo a análise feita pela corporação. Os dados foram mostrados à Ponte.
Sobre o número de pessoas mortas pela polícia, o comandante-geral segue a mesma linha do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. “É um problema decorrente do tipo de ação. Nenhum policial sai para a rua com a intenção de atirar em ninguém. O que acontece é que ele se depara hoje com um grande número de roubos” diz.
Como exemplo, o coronel relata o caso do capitão Luiz Pessoa Rodrigues, 42 anos, assassinado durante uma tentativa de assalto quando chegava em casa no dia 27. A mulher da vítima, também policial militar, contou que um dos ladrões aparentava ter apenas 12 anos.
Meira traz consigo também o número de embates entre PMs e suspeitos em 2014. São quase quatro casos por dia, segundo as contas corporação. “Foram 839 confrontos neste ano. Só no último fim de semana (26 e 27 de julho) foram 12”, diz o coronel, que considera o indicador bastante elevado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o aumento da letalidade policial é proporcional ao crescimento do número de confrontos entre PMs e criminosos. Não foram apresentados os dados do ano passado.