Entre 2009 e 2016, ações das polícias militar ou civil mataram 21.897 pessoas. No mesmo período, 2.994 agentes do Estado morreram, segundo anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Uma pessoa morre a cada três horas e um policial foi assassinado por dia no Brasil entre 2009 e 2016. Os números no período de oito anos registraram 21.897 vítimas fatais de violência policial, enquanto 4.224 agentes morreram.
O anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresenta crescimento em larga escala na violência policial. Há um salto de 194% em homicídios praticados por policiais, enquanto suas mortes em trabalho ou folga subiram 165,5% no período.
Em 2009, 2.177 pessoas morreram em intervenções policiais, seja praticada por polícias militares ou civis, contra 4.224 no ano passado. São 7,5 casos por dia, um a cada 3 horas e 12 minutos.
O aumento também se dá no total de vítimas policiais: foram 264 no primeiro ano do balanço, contra 437 em 2016. Um agente morreu por dia no Brasil nos últimos oito anos, um a cada 23 horas e 24 minutos.
Com base nos dados de 2016, o principal perfil da letalidade das polícias é de homens (99,3% dos casos), entre 12 e 29 anos (81,8%) e negros (76,2%). Houve crescimento de 25,8% entre 2015 e 2016.
Homens e negros também são os principais atingidos quando policiais são as vítimas: são a maior parte (98,2%) e também negros (56% das vezes, frente a 43% de brancos). Dois grupos etários se equivalem no levantamento, os de entre 40 e 49 anos (32,7%) e de 30 a 39 anos (30,9%).
O horário com mais ataques contra membros da força armada do Estado é de noite (38,7% das vezes), também com aumento neste período de 12 meses: 17,5%, comparando os 372 mortos de 2015 com 437 em 2016.