Ponte recebe menção honrosa em prêmio por defesa dos direitos humanos

    Prefeitura de SP é responsável pelo Prêmio de Direito à Memória e à Verdade Alceri Maria Gomes da Silva

    Ponte denuncia violações de direitos cometidas pelo Estado; imagem mostra final de protesto contra massacre de Paraisópolis, em 4/12 | Foto: Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

    A Ponte Jornalismo recebeu menção honrosa no 4º Prêmio de Direito à Memória e à Verdade Alceri Maria Gomes da Silva, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de SP. A cerimônia aconteceu na última quinta-feira (12/12), na Praça das Artes, na Avenida São João, centro de São Paulo.

    O prêmio reconhece anualmente pessoas e organizações que contribuem na promoção e defesa dos direitos humanos. A Ponte recebeu a menção “pela destacada contribuição na promoção e na defesa dos direitos humanos, com ênfase no direito à memória e à verdade”.

    Maria Teresa Cruz, que estava representando a Ponte, Marcia Lazzari, diretora do Departamento de Educação em Direitos Humanos da secretaria, e as premiadas da noite Margarida Genevois e Eugênia Gonzaga | Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa SDHC

    A procuradora da República Eugênia Gonzaga foi a grande vencedora do prêmio, por seu trabalho sobre as vítimas mortas e desaparecidas no regime militar, e o ex-deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) também foi menção honrosa como forma de reconhecer sua luta pela democracia, a defesa dos direitos da população LGBT+ e o autoexílio provocado pelas ameaças que vinha sofrendo. Eugênia presidiu a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos por cinco anos e foi tirada do cargo em agosto, após fazer críticas ao governo Bolsonaro.

    O prêmio leva o nome de Alceri Maria Gomes da Silva, mulher negra, militante e operária metalúrgica, que atou na Vanguarda Popular Revolucionária e foi torturada e assassinada pelo regime militar.

    A Ponte foi escolhida a partir de uma lista tríplice por uma comissão formada por representantes da administração pública e sociedade civil. Mas, para chegar até essa lista, foi citada espontaneamente pela sociedade civil em um edital aberto pela secretaria.

    Na mesma noite, foi também entregue o 6º Prêmio Dom Paulo Evaristo Arns de Direitos Humanos para Margarida Genevois, que trabalhou com o religioso no combate ao regime militar e foi uma das articuladoras da CJP (Comissão Justiça e Paz). Atualmente, é presidente de honra da Comissão Arns, que acompanha e denuncia casos de violações de direitos fundamentais.

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